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A reunião de coordenadores das Câmaras Brasileiras do Comércio e Serviços da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizada no dia 27 de fevereiro, reforçou o compromisso da entidade com o desenvolvimento e a representação setorial. Durante o encontro, os coordenadores apresentaram os avanços obtidos em 2024 e traçaram metas estratégicas para o ano de 2025, abordando temas cruciais como reforma tributária, legislação setorial e inovação.

O coordenador das Câmaras, Luiz Carlos Bohn, destacou a importância do trabalho conjunto e também evidenciou a importância da escuta ativa. Bohn enfatizou que, nas Câmaras, as propostas surgem da escuta das diversas vozes dos segmentos representados.

“O engajamento das Câmaras fortalece a representação da CNC e amplia a capacidade de influenciar decisões fundamentais para os setores que representamos”, afirmou. Ele também deu as boas-vindas ao novo coordenador da Câmara Brasileira de Comércio e Serviços Imobiliários (CBCSI), Kelsor Gonçalves Fernandes.

Ações realizadas e planejamento para 2025

Andrea de Marins Esteves, gerente da Assessoria das Câmaras da CNC, apresentou um balanço das ações desenvolvidas em 2024, com base no relatório de atividades.

“Tivemos um ano de grandes conquistas, com um aumento significativo do número de proposições concluídas. O planejamento para 2025 foca a ampliação das entregas e o fortalecimento da atuação setorial”, explicou.

Confira o relatório de atividades 2024 das Câmaras Brasileiras do Comércio de Serviços da CNC

Andrea também fez questão de ressaltar como o trabalho das câmaras setoriais nas Federações tem se multiplicado, considerando as peculiaridades regionais e evidenciando a importância dessas discussões, cujos resultados se refletem diretamente nas ações locais.

Segmentos setoriais apresentam desafios e oportunidades

James Thorp Neto, coordenador da Câmara Brasileira do Comércio de Combustíveis (CBCC), enfatizou a necessidade de mais diálogo com o governo. “O setor de combustíveis enfrenta desafios regulatórios constantes. Precisamos garantir um ambiente de negócios estável para os empresários”, pontuou.

Laura Andrea Farias Paiva, da Câmara Brasileira das Mulheres Empreendedoras do Comércio (CBMEC), celebrou os avanços na representatividade feminina: “Hoje, temos pelo menos uma mulher empresária representando cada estado brasileiro em nossa Câmara. Esse é um marco fundamental para fortalecer a presença feminina no comércio de bens, serviços e turismo”.

Antonio Florencio de Queiroz Junior, da Câmara Brasileira de Tecnologia da Informação e Inovação (CBTIN), falou sobre a importância da digitalização. “A inovação precisa ser a espinha dorsal do comércio. Apostar em tecnologia é fundamental para a competitividade”, afirmou.

Rubens Torres Medrano, da Câmara Brasileira do Comércio Exterior (CBCEX), ressaltou o impacto das exportações no crescimento econômico. “Precisamos desburocratizar processos para aumentar a participação do Brasil no mercado global”, defendeu.

Ranieri Palmeira Leitão, da Câmara Brasileira do Comércio de Peças e Acessórios para Veículos (CBCPave), trouxe a preocupação com o comércio irregular. “A fiscalização precisa ser mais rígida para evitar a entrada de peças falsificadas que comprometem a segurança dos consumidores”, alertou.

Álvaro Luiz Bruzadin Furtado, da Câmara Brasileira do Comércio de Gêneros Alimentícios (CBCGAL), abordou a segurança alimentar. “O setor precisa garantir produtos de qualidade e acessíveis, equilibrando custos e segurança”, avaliou.

André Luiz Roncatto, da Câmara Brasileira do Comércio de Produtos e Serviços Ópticos (CBÓptica), comentou a regulamentação do setor. “Conseguimos avanços na classificação de risco dos produtos ópticos, mas precisamos de uma fiscalização eficaz”, observou.

Kelsor Gonçalves Fernandes, que assume a coordenação da Câmara Brasileira de Comércio e Serviços Imobiliários (CBCSI), analisou os desafios da reforma tributária. “O setor imobiliário será fortemente impactado pelas mudanças fiscais. É essencial que estejamos atentos às novas regras”, pontuou.

José Wenceslau de Souza Júnior, da Câmara Brasileira de Materiais de Construção (CBMC), abordou a sustentabilidade. “A construção civil precisa adotar práticas sustentáveis e incentivar o uso de materiais ecologicamente corretos”, destacou.

Lázaro Luiz Gonzaga, da Câmara Brasileira de Produtos Farmacêuticos (CBFarma), frisou a importância da articulação política. “A atuação no Congresso tem sido essencial para garantir que o setor continue crescendo de forma estruturada”, salientou.

Tecnologia e planejamento estratégico

Entre as principais discussões, um ponto alto foi o desenvolvimento de uma plataforma de gestão das Câmaras para um sistema mais eficiente de planejamento estratégico. “A ferramenta vai proporcionar mais transparência e eficiência na gestão das proposições e encaminhamentos feitos pelas Câmaras”, explicou Andrea Marins.

Andrea frisou que o objetivo dessa plataforma é aprimorar a integração e as entregas das Câmaras, com relatórios gerenciais mensais para acompanhar os indicadores e progressos.

Além disso, o coordenador Luiz Carlos Bohn deu ênfase a temas convergentes às Câmaras, com destaque para o aumento de tributos estaduais e federais, impacto nos combustíveis, modernização das empresas do comércio e as dificuldades enfrentadas pelo setor, como a obsolescência dos equipamentos.