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O Produto Interno Bruto (PIB) do país encerrou o ano de 2024 com crescimento de 3,4%, totalizando R$ 11,7 trilhões, segundo divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, 7. A taxa é a maior desde 2021, quando o PIB brasileiro cresceu 4,8%, após um registro negativo de 3,3% em 2020.

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Na comparação entre o quarto e o terceiro trimestre do ano passado, o PIB desacelerou 0,2%, o que significa que houve estabilidade.

Em nota informativa, o Ministério da Fazenda considerou que o crescimento do PIB no último trimestre e em 2024 foi marginalmente abaixo do projetado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) na grade de parâmetros de fevereiro, deixando um impulso de cerca de 0,5% para 2025.

Com relação a outros países do 620, o PIB brasileiro foi o quarto maior, na variação acumulada do ano passado, ficando atrás de China (5%), Indonésia (5%) e Índia (6,7%). Para o decorrer deste ano, a Fazenda projeta crescimento de 2,3% da economia, com menores impulsos do mercado de crédito e em razão do aspecto contracionista da política monetária.

Segundo o IBGE, os setores que mais influenciaram o crescimento do PIB em 2024 foram os de Serviços e da Indústria que, em comparação a 2023, cresceram 3,7% e 3,3% respectivamente. Na mesma comparação, a Agropecuária sofreu queda de 3,2%.

Já o PIB per capita alcançou R$ 55.247,45, um avanço, em termos reais, de 3,0% frente ao ano anterior.

Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, ressalta que os principais destaques do PIB pela ótica produtiva (das atividades econômicas) foram Outras atividades de  serviços (5,3%), Indústria de transformação (3,8%) e Comércio (3,8%), que juntos foram responsáveis por cerca da metade do crescimento do PIB em 2024.

Na Indústria, a atividade de Construção foi o destaque positivo ao registrar alta de 4,3% em 2024, em função do crescimento da ocupação na atividade, da produção de insumos típicos e da expansão do crédito. Outras influência positiva, além da Indústria de Transformação, foi a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%).

A queda na Agropecuária (-3,2%) reflete o desempenho da Agricultura. Efeitos climáticos adversos impactaram várias culturas importantes da lavoura que registraram queda na estimativa anual de produção e perda de produtividade, tendo como destaque a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%).

Consumo das Famílias e Consumo do Governo cresceram

Pela ótica da demanda, destaque para a Despesa de Consumo das Famílias, que avançou 4,8% em relação a 2023.

“Para o consumo das famílias, tivemos uma conjunção positiva, como os programas de transferência de renda do governo, a continuação da melhoria do mercado de trabalho e os juros que foram, em média, mais baixos que em 2023”, explica a pesquisadora.

A Despesa do Consumo do Governo teve crescimento de 1,9% no ano. As Importações de Bens e Serviços apresentaram alta de 14,7% em 2024 e as Exportações cresceram 2,9%. Já a taxa de investimento em 2024 foi de 17,0% do PIB, maior que em 2023, quando foi de 16,4%. A taxa de poupança, por sua vez, ficou em 14,5% em 2024 (ante 15,0% no ano anterior).

Do total de valor corrente de R$ 11,7 trilhões do PIB, R$ 10,1 trilhões foram referentes ao Valor Adicionado a preços básicos, enquanto R$ 1,6 bilhões aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.

Fonte: Redação Terra

Foto: Freepik