SincoElétrico

83% das pequenas empresas esperam crescer nos próximos meses

A fim de entender o momento atual e as expectativas das pequenas empresas brasileiras, a Omie traz a segunda edição da pesquisa “Sondagem Omie das Pequenas Empresas”. Com a opinião de empreendedores e gestores, o estudo indica que 83% das pequenas empresas têm uma perspectiva de crescimento do faturamento no curto prazo — apenas 1% demonstrou expectativas negativas. De acordo com a pesquisadora, os resultados ajudam a antecipar algumas tendências do mercado, além de identificar as principais dores dos pequenos empreendedores do país. Para tanto, o levantamento coletou as percepções de 298 respondentes. As três perguntas iniciais do questionário, destinadas a compreender a situação atual das pequenas empresas, revelam um contexto consistente com o que se observa na economia doméstica. Crescimento em faturamento e contratação A maioria das pequenas empresas (54%) observou crescimento do faturamento da empresa no período recente, enquanto apenas 17% sinalizaram retração. Esse resultado se mostra bem alinhado aos dados recentes do IODE-PMEs — indicador da Omie que acompanha o desempenho financeiro das PMEs brasileiras. Além da expansão do faturamento, mais da metade das respostas indicam que houve contratações no período recente, ainda que apenas 30% representaram efetivamente a abertura de novas vagas de trabalho. Já 29% relataram a contratação para vagas destinadas à reposição de equipe. Aumento de despesas Ainda assim, é grande o número (82%) de pequenos empresários que alegam um aumento dos custos e despesas nas pequenas empresas — apenas 4% mencionaram redução nos últimos meses. Sobre as percepções gerais dos empreendedores e gestores das pequenas empresas acerca da evolução da economia brasileira, 33% sinalizaram que esperam melhora do ambiente nos próximos meses. Ainda assim, observa-se que a distribuição de respostas nesta questão foi mais equilibrada. Isso porque 36% esperam que a economia permaneça estável e 31% esperam que haja alguma piora. Elementos que dificultam o crescimento das pequenas empresas Como último tópico do questionário, a pesquisadora buscou entender as principais dificuldades que as pequenas empresas enfrentam no mercado. E as principais dores sinalizadas pelos respondentes (que podiam mencionar até 3 tópicos) foram: No geral, as duas principais preocupações dos pequenos empresários permaneceram consistentes tanto em agosto de 2023 como em março de 2024). O ênfase nesse caso foi no crescimento das respostas relacionadas aos “altos custos com mão de obra”, de 42% para 48%. Fonte: e-commerce Brasil Foto: Freepik

Conheça o programa Acredita que oferece crédito para MEI e pequenas empresas

Acesso ao crédito é um dos principais entraves para o pequeno empreendedor reforçar o fluxo de caixa, adquirir mais equipamentos ou ampliar seus negócios, pela dificuldade de conseguir um fiador ou dar garantias. Pensando em amenizar este cenário, o governo federal lançou, no final de abril, o programa Acredita, que ampliar a oferta de crédito a esse público e dispensa a comprovação de garantias, pois conta com um Fundo Garantidor de Operações (FGO). Para detalhar as quatro etapas do programa, que deve começar a operar em julho, o boletim Expresso MEI de maio apresenta em sua matéria principal todos os pontos do Acredita, para deixar o empreendedor atualizado e preparado para aderir ao empréstimo, caso seja de seu interesse. A edição também conta com uma matéria orientativa para auxiliar na precificação de produtos, por meio das técnicas de markup e margem de contribuição. Com a proximidade da data limite para o envio da Declaração Anual Simplificada para o Microempreendedor Individual (DASN-Simei), que se encerra em 31 de maio, o boletim traz um passo a passo didático para não haver erro na hora de enviar as informações sobre a receita do ano passado. Por fim, Fábio Pina, assessor técnico da FecomercioSP, dá 9 dicas para iniciar um novo negócio, desde a escolha do plano até o planejamento de expansão. Fonte: Freepik

Intenção de consumo das famílias paulistanas cai 

As famílias paulistanas têm se controlado mais na hora de planejar as compras. O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que mede a propensão dos lares a consumir no curto e no médio prazos na cidade de São Paulo, caiu 2%, ao passar de 112,4 pontos, em março, para 110,2 pontos, em abril. Para se ter ideia, seis dos sete indicadores analisados pela pesquisa apresentaram queda em relação ao mês anterior. No entanto, na comparação anual, a situação se inverte: todos os itens subiram. O ICF varia de zero a 200 pontos, em que que abaixo de 100 pontos significa insatisfação em relação às condições de consumo, e acima deste patamar, satisfação. Em relação a abril do ano passado, a intenção de consumo subiu 8,2%. Segundo a FecomercioSP, esse resultado positivo pode ser explicado pelo aumento da renda dos paulistanos, que conseguiram entrar no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, foram favorecidos com a desaceleração da inflação. A Federação acredita que o desempenho recente do ICF foi impactado pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que ,nos primeiros meses do ano, mostraram uma pressão sobre o grupo de alimentos e bebidas, o principal de despesas dentro do orçamento doméstico, principalmente, das famílias com menor renda. Prova disso é que o ICF dos lares com renda de até dez salários mínimos, mais sensíveis aos aumentos de preços, recuou 2,3%, passando de 110,1 pontos, em março, para 107,5 pontos, em abril. É o menor patamar desde agosto do ano passado. Dos sete itens que compõem o ICF, o único que cresceu em abril foi o Emprego Atual, mas de forma tímida, 0,5%. Dentre as categorias que apontaram queda, o grupo Momento para Duráveis, que mede a intenção de compra de produtos como geladeira, fogão e televisão, teve o pior desempenho na comparação mensal (-5,5%), o que reflete o pessimismo das famílias em relação à compra desses itens — até mesmo porque o acesso ao crédito, responsável por estimular o consumo, também ficou mais difícil no último mês (-2,6%). Apesar da queda observada nos últimos dois meses, o ICF se manteve acima dos 100 pontos, refletindo otimismo quanto às condições de consumo. Na visão da FecomercioSP, dois fatos foram fundamentais para esse resultado: o bom desempenho do mercado de trabalho e a desaceleração inflacionária. Tanto que os itens Renda Atual, Emprego Atual e Perspectiva Profissional são os mais bem avaliados. A FecomercioSP, no entanto, afirma que as expectativas não são favoráveis. Fatores, como alta taxa de juros, alto porcentual de lares endividados e inadimplentes, além das pressões inflacionárias — como a ocorrida em fevereiro sobre os grupos educação e alimentos —, ainda impedem uma alta maior do ICF e devem provocar oscilações no indicador nos próximos meses. Confiança do Consumidor O mesmo movimento foi observado no Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do município de São Paulo. Após ter atingido o maior nível em cinco anos, o ICC caiu pelo segundo mês consecutivo (-2,2%). Ainda assim, o resultado é melhor do que o registrado no ano anterior, apresentando crescimento de 3,6% no período. Os dois itens que integram o indicador caíram na comparação mensal. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) recuou 2,2% em relação a março, mas aumentou significativamente (20,7%) quando comparado a abril de 2023. Já o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) exibiu queda nas duas bases comparativas: 2,2%, no mensal, e 4,1%, no anual, mas ainda apresenta elevado nível de otimismo, ao marcar 138,0 pontos em abril. Assim como no ICF, o ICC também captou maior queda na confiança das famílias paulistanas de menor renda. Por um lado, o mercado de trabalho aquecido, o aumento da renda e a desaceleração inflacionária impulsionaram a trajetória de alta desses dois indicadores em comparação ao ano passado. Por outro, as pressões inflacionárias sobre o grupo alimentos e bebidas registradas nos últimos dois meses, além da defasagem no preço da gasolina, parecem ter gerado preocupação entre os consumidores da capital paulista. Foto: Freepik

Conheça os 3 pontos na Reforma Tributária que prejudicam as empresas do Simples Nacional

Embora o texto atual da Reforma Tributária garanta a manutenção do Simples Nacional, as micro e pequenas empresas podem sofrer desvantagem competitiva de mercado caso não desistam do regime único para transferir os créditos tributários integrais do IBS e da CBS. Isso acontece porque a Emenda Constitucional 132/2023 (Reforma Tributária) restringe a transferência de crédito a quem faça negócios com as empresas desse regime tributário. Confira, a seguir, os três pontos importantes que prejudicam as empresas optantes pelo Simples Nacional. #1 Não cumulatividade plena (só que não!) Um dos princípios da EC 132 é a não cumulatividade plena, ou seja, a garantia que o tributo será pago gradualmente ao longo dos processos de produção, manuseio e venda. Cada etapa gera crédito tributário que as empresas podem deduzir na sua vez de pagar o tributo. Por exemplo, um produto de limpeza é produzido pela indústria, que paga tributo na produção e gera crédito para a empresa que fará a sua distribuição, que, por sua vez, recolhe o tributo na compra do produto industrializado e gera novo crédito para a operação seguinte: quando o produto chega, de fato, às prateleiras do supermercado para ser vendido ao consumidor final. Esse processo garante que não haverá o pagamento duplo ou triplo do mesmo tributo. O problema é que tanto a EC 132 como o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, que regulamenta a Reforma Tributária, não garantem a não cumulatividade plena às empresas do Simples Nacional. Como é um regime cumulativo, há quebra da transferência de créditos, pois não é permitido o creditamento nas aquisições (natural desse regime) — e a transferência de crédito para a cadeia seguinte é bem inferior (limitado ao valor devido no regime único). #2 Baixa oferta de crédito Hoje, a legislação permite que as empresas optantes pelo Simples possam transferir integralmente os créditos de PIS/Cofins no montante de 9,25%. Trata-se de um dispositivo que garante competitividade e tratamentos diferenciado e favorecido a esses negócios, assim como determina a Constituição Federal. Com a reforma, as pequenas e médias empresas somente poderão transferir cerca de 7% de crédito do IBS e da CBS, ou seja, há um retrocesso quanto às regras atuais de PIS/Cofins. Se um fornecedor permite um crédito integral (26,5%), e outro um porcentual bem inferior (7%), é fácil prever o resultado: a pequena empresa vai perder negócios. #3 Aumento da carga tributária A nova legislação permite que as empresas do Simples Nacional que desejem ofertar o crédito integral nas operações optem pela exclusão dos novos tributos no regime único. Isso significa que as pequenas e médias deixarão de arcar com uma carga tributária reduzida para assumir a alíquota de 26,5%, assim como fazem as grandes. Em termos práticos, haverá um esvaziamento do regime único, já que restarão apenas o IRPJ e a CSLL, além da contribuição previdenciária patronal, conforme o caso. Luta pela isonomia A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e os sindicatos filiados defendem uma reforma equilibrada, sem o aumento de carga e que promova a simplificação, a modernização e a desburocratização do sistema tributário. A legislação atual, fruto de debates há três décadas, penaliza o empresariado e prejudica o ambiente de negócios. É importante que essa mudança aconteça preservando os pilares da economia nacional, e não os enfraquecendo. A Entidade continuará participando do debate da regulamentação da Reforma Tributária no Congresso para garantir a isonomia fiscal entre os setores produtivos e a manutenção da carga tributária atual, bem como mobilizar o Poder Público sobre a necessidade de o governo avançar em medidas para reduzir os próprios gastos. Foto: Freepik

SincoElétrico publica Termo de Aditamento à CCT Motoristas e Osasco e Região

O Termo de Aditamento à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos Motoristas de Osasco e Região está disponível para download ou consulta. O Termo foi assinado junto ao Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Ramo de Transporte de Empregas de Cargas Secas e Molhadas e Diferenciados do Comércio, Indústria, Gás (somente motorista), Estabelecimentos Bancário e Financeiros de Osasco e Região (SIMTRATECOR). Dúvidas podem ser esclarecidas através do e-mail: juridico@sincoeletrico.com.br ou por telefone (11) 3333 8377. Foto: Freepik

Desenrola para MEI e micro e pequenas empresas começou; veja como renegociar

Desde segunda-feira (13), os bancos começam a oferecer uma alternativa para renegociação de dívidas bancárias de Microempreendedores Individuais (MEI) e micro e pequenas empresas que faturem até R$ 4,8 milhões anuais. Serão renegociadas dívidas não pagas até 23 de janeiro de 2024. Essa renegociação é importante para o pequeno empreendedor e o empreendedor individual possam obter recursos para manter as suas atividades. A ação faz parte do Programa Desenrola Pequenos Negócios, uma iniciativa do Ministério da Fazenda, Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte com o apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Essa parcela atendida é a mesma que precisa de ajuda para renegociar as dívidas e obter recursos para manter as atividades. Como renegociar?Para aderir ao programa, o microempreendedor ou pequeno empresário deve contatar a instituição financeira onde tem a dívida. A orientação é buscar os canais de atendimento oficiais disponíveis (agências, internet ou aplicativo) e, assim, ter acesso às condições especiais de renegociação dessas dívidas. As condições e prazos para renegociação serão diferenciadas e caberá a cada instituição financeira, que aderir ao programa, defini-las. Só entrarão nas renegociações as dívidas vencidas há mais de 90 dias na data de lançamento do programa, ou seja, dívidas não pagas até 23 de janeiro deste ano. Não haverá limites para o valor da dívida nem de tempo máximo de atraso. De acordo com a Febraban, somente os bancos cadastrados no programa ofertarão condições de renegociação de dívidas. Caso contrário, a sugestão é renegociar dívida mesmo assim ou, então, fazer a portabilidade da dívida para uma instituição financeira cadastrada. A recomendação para as empresas que forem renegociar suas dívidas é que busquem mais informações dentro dos canais oficiais dos bancos cadastrados. “Não devem ser aceitas quaisquer ofertas de renegociação que ocorram fora das plataformas dos bancos. Caso desconfie de alguma proposta ou valor, entre em contato com o banco nos seus canais oficiais”, orienta a entidade. Não aceite proposta de envio de valores para “melhores condições” O alerta é ainda para que não sejam aceitas propostas de envio de valores a quem quer que seja, com a finalidade de garantir melhores condições de renegociação das dívidas. “Somente após a formalização de um contrato de renegociação é que o cidadão pode ter os valores debitados de sua conta, nas datas acordadas”, diz a Febraban. Desenrola Pequenos Negócios O Desenrola Pequenos Negócios foi lançado pelo governo federal no dia 22 de abril como um dos quatro eixos do Programa Acredita, que pretende ampliar o acesso ao crédito e estimular a economia. Uma portaria do Ministério da Fazenda definindo a participação dos bancos nas renegociações foi publicada na data e, a partir dela, as instituições financeiras puderam fazer os últimos ajustes operacionais para começarem as renegociações. Já a renegociação de dívidas entrou em vigor em 23 de abril, dia da publicação da medida provisória do Acredita. Contudo, os negócios de menor porte ainda não podiam pedir o refinanciamento porque as regras não estavam regulamentadas. Crédito tributário O programa Desenrola Pequenos Negócios oferece incentivos tributários para que bancos e instituições financeiras renegociem dívidas de pequenas empresas. As instituições que aderiram ao programa têm direito a um crédito presumido de impostos. Não haverá custo para o governo neste ano porque a apuração do crédito presumido poderá ser realizada entre 2025 e 2029. Por meio do crédito presumido, as instituições financeiras têm direito a abater de tributos futuros prejuízos em algum trimestre. A portaria também regulamentou o cálculo desses créditos. Segundo o Ministério da Fazenda, o crédito tributário será calculado com base no menor valor entre o saldo contábil bruto das operações de crédito renegociadas e o saldo contábil dos créditos decorrentes de diferenças temporárias. As diferenças temporárias são despesas ou perdas contábeis que ainda não podem ser deduzidas do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), mas que podem ser aproveitadas como crédito tributário no futuro, o que é permitido pela legislação tributária. Fonte: Agência Brasil Foto: Freepik

Retrocesso econômico e revogação da desoneração da folha de pagamento

*Por Ives Gandra da Silva Martins A derrubada de veto do projeto de lei aprovado sobre desoneração da folha de pagamento (PL 334/23) por maioria absoluta (mais de 50% dos parlamentares do Congresso Nacional), garantiu às empresas e às prefeituras, até 2027, um regime assegurador de empregos, desenvolvimento econômico e governabilidade de Municípios. O Congresso, representando 125 milhões de eleitores, ou seja, a totalidade das correntes políticas, com oposição e situação nele com assento, atendeu, na sua competência exclusiva de legislar, os anseios do povo. A Suprema Corte, eleita por um homem só, através de um único Ministro, todavia, suspendeu a vontade do povo manifestada por seus representantes, a pedido do Presidente da República que, por sua vez, tem demonstrado fantástica capacidade de gastar aleatoriamente, gerando déficits permanentes nas contas públicas.  Esta vocação de gastar sem se preocupar com o equilíbrio das finanças estatais tem sido duramente criticada por jornais tradicionais como o “Estadão” e a “Folha de São Paulo” e pelas agências de rating e Banco Central, visto que pela falta de equilíbrio financeiro, resta ao Brasil o combate à inflação apenas pelo remédio amargo da política monetária e juros elevados. O Governo Federal, todavia, gasta mal e pretende economizar à custa do sacrifício do setor privado que mais emprega, assim como da geração de descompasso orçamentário em grande número de Municípios. Gasta mal e pretende economizar da pior forma ao atingir o próprio desenvolvimento com razoável perspectiva de demissões elevadas, cujos desempregados tenderão a ser sustentadas pela Bolsa Família. Propõe, portanto, a redução de empregos e o aumento de dependentes do Erário. Apesar de a Suprema Corte, com 7 Ministros indicados pelo Partido dos Trabalhadores, já ter sinalizado que manterá a decisão interventiva na lei do Congresso Nacional e de nenhum dos bons juristas ser economista de expressão naquela Corte, estão legislando mais uma vez no lugar do Poder Legislativo.  Resta sempre a esperança de que o próprio Presidente da República reconsidere sua posição e, em conjunto com o Parlamento, reformule seu entendimento em medida provisória, reestabelecendo o decidido no Congresso e enterrando a deletéria pretensão que afeta empresas, Municípios e, principalmente trabalhadores. Talvez, ao perceber seus Ministros da área econômica a prejudicial atitude do Executivo, possam mostrar que, até politicamente, em face das próximas eleições municipais, seu posicionamento tem que ser mudado! Quando me lembro do saudoso amigo Roberto Campos que, em frases gráficas definia situações, não poucas vezes, penso em seguir suas manifestações, parafraseando-as. Por isto, termino este artigo com esta apropriação de sua visão para o Brasil de hoje. É que ao ver todos os erros contra o desenvolvimento do país que o veto presidencial e seu recurso ao STF provocaram, sou obrigado a reconhecer que “a incompetência no Brasil tem um passado glorioso e um futuro promissor”. * Ives Gandra Martins é presidente do Conselho Superior de Direito da FecomercioSP Artigo originalmente publicado no jornal O Estado de S.Paulo em 10 de maio de 2024. Foto: reprodução site

Trimestre com recorde de vendas em 12 anos aumenta expectativa de crescimento do varejo

O volume de vendas do comércio varejista brasileiro se manteve estável em março, na comparação com fevereiro deste ano, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (8 de maio) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou para cima sua projeção de aumento do varejo para 2024, de 2% para 2,1%. No primeiro trimestre, as vendas do varejo cresceram 5,7%, graças ao desempenho dos segmentos de hiper e supermercados (que tiveram alta de 8,6%), de artigos de uso pessoal e doméstico (aumento de 11,4%) e produtos farmacêuticos (crescimento de 13,1%). Essa foi a maior taxa de variação de um primeiro trimestre desde 2012, quando a alta foi de 10,4%. Nos três segmentos, as reações derivaram da desaceleração dos preços e da menor dependência que esses ramos historicamente têm em relação ao comportamento dos juros. Atualmente, as vendas se mantêm 7,1% acima de antes do início da crise sanitária, em fevereiro de 2020. Os dados apontam crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior pela décima vez consecutiva. Os resultados são importantes para o setor, conforme o presidente da CNC, José Roberto Tadros. “Os esforços dos empresários e dos diversos agentes econômicos para garantir um bom ambiente de negócios vêm prosperando, uma vez que o poder de compra do consumidor brasileiro vai se mostrando gradativamente mais assegurado”, afirma. Nesse sentido, Tadros ressalta que a perspectiva da Confederação é positiva para o decorrer do ano, sem pressões significativas de inflação e com expectativa de que a taxa de juros básicos termine 2024 próxima de 9,5% anuais. Para o economista da CNC responsável pela análise da PMC, Fabio Bentes, existem alguns fatores predominantes para o resultado favorável das vendas, como a inflação acumulada nos três primeiros meses de 2024 menor do que em 2023 (a alta foi de 1,4% contra 2,1%, respectivamente) e os indicadores favoráveis do mercado de trabalho. A taxa de desocupação para o período, de 7,9%, também foi a menor desde 2012, quando começa a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc). Confira aqui a análise e a série histórica Foto: Freepik

Copom reduz juros básicos da economia para 10,5% ao ano

A alta recente do dólar e o aumento das incertezas fizeram o Banco Central (BC) diminuir o ritmo do corte de juros. Por 5 votos a 4, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 10,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros . Essa foi a sétima vez consecutiva que o Copom reduziu a Selic. No entanto, a velocidade dos cortes diminuiu. De agosto do ano passado até março deste ano, o Copom tinha reduzido os juros básicos em 0,5 ponto percentual a cada reunião. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, desempatou a decisão ao votar por um corte de 0,25 ponto. Além de Campos Neto, votaram por essa redução os seguintes diretores Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes, indicados pelo governo anterior. Votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros: Ailton de Aquino Santos, Gabriel Muricca Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira, indicados pelo atual governo. A taxa está no menor nível desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,75% ao ano. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas, quando começou a ser reduzida. Antes do início do ciclo de alta, a Selic estava em 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. Inflação A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em março, o indicador ficou em 0,16% e acumula 3,93% em 12 meses. Após um repique em fevereiro, a inflação desacelerou em março, por causa de alimentos, bebidas e transporte. O índice em 12 meses está exatamente no teto da meta de inflação. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano. No Relatório de Inflação divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a estimativa de que o IPCA fecharia 2024 em 3,5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de junho. As previsões do mercado estão mais otimistas que as oficiais. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 3,73%, abaixo portanto do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 3,76%. Crédito mais barato A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia. Isso porque juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central aumentou para 1,9% a projeção de crescimento para a economia em 2024. O mercado projeta crescimento um pouco melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,05% do PIB em 2024. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. Com informações de Agência Brasil. Foto: Freepik

Ações de ajuda ao Rio Grande do Sul foram destaque na reunião de Diretoria da CNC

A rede de solidariedade do Sistema Comércio para ajudar a população gaúcha de 345 municípios, afetados pelas consequências das enchentes no Estado, foi tema prioritário da reunião de Diretoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta terça-feira, dia 7. Durante a reunião com representantes das Federações, integrantes que compõem o corpo diretivo do Sistema Comércio, o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, assinou um documento em apoio à Fecomércio-RS para destinar ajuda às vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul (RS). “Estendemos nossa solidariedade ao Rio Grande do Sul pelo Sistema CNC-Sesc-Senac e todas as Federações do País. O Brasil é um só. Todos nós somos gaúchos”, ressaltou. O presidente Tadros enfatizou o compromisso do Sistema Comércio com a melhoria das condições de vida do povo, com  instrução e distribuição de alimentos. “É uma instituição que está voltada à solidariedade. A nossa política é sindical e humanística.” Todos os representantes da Diretoria da CNC que participaram da reunião demonstraram preocupação, solidariedade e se disponibilizaram a ajudar as comunidades afetadas pelas enchentes, por meio de doações de alimentos – com o Sesc Mesa Brasil –, atendimentos médicos, psicológicos, financeiros e de mobilidade. O presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, agradeceu o apoio nacional e falou sobre a situação do Estado gaúcho, destacando o trabalho realizado pelo Sesc-RS, com atendimento psicológico e médico às vítimas, além de oferecer espaços para abrigar as pessoas que estão desalojadas, em trabalho integrado entre Sesc e Senac. “O modelo de solidariedade ao Rio Grande do Sul é algo que não conhecíamos.” Ao discurso de Bohn, o presidente Tadros complementou: “A nossa solidariedade ao Rio Grande do Sul é permanente, e nossos laços com o povo gaúcho são inquebrantáveis”. Projetos 2024 No encontro, um vídeo institucional apresentou os projetos realizados pela CNC em 2024, como o lançamento, no dia 18 de abril, do programa CNC Hunting, que busca startups para auxiliar em desafios que as empresas do setor terciário estão enfrentando no mercado brasileiro; o debate de medidas de estímulo à malha área brasileira, que aconteceu em Brasília; o workshop Direito do Trabalho e Sindical nas Negociações Coletivas, realizado no Rio de Janeiro pela Comissão de Negociação Coletiva do Comércio da CNC; a participação da Confederação na WTM Latin America, em São Paulo; a agenda do Comércio em Ação; e a pesquisa de imagem e reputação do Sistema Comércio, que terá início no mês de junho. O presidente da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac), Edmilson Pereira de Assis, ressaltou o Encontro Nacional de Empresas de Asseio e Conservação (Eneac 2024) que promoveu debates profundos, troca de conhecimentos e estreitamento de laços dentro do setor de asseio e conservação no Brasil. Ele agradeceu a presença do presidente Tadros, que, na ocasião, recebeu o prêmio de Benemérito do Setor. “Quero anunciar que o próximo Eneac, que nós fazemos a cada dois anos, será no Rio Grande do Norte. Vamos tentar fazer ainda melhor”, destacou.   Imposto de renda O suporte e as orientações aos contribuintes sobre a declaração do Imposto de Renda (IR) 2024 também foram tema da reunião. O presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), Daniel Coêlho, compartilhou a ação da entidade, Declare Certo, que atendeu a sociedade no dia 25 de abril. “Além da orientação sobre o IR, tivemos a orientação para destinar parte do pagamento do imposto para doações, pois, além de se poder fazer para entidades sem fins lucrativos, aumentando a solidariedade nas entidades, elas ajudam o próximo.” Daniel celebrou ainda a ajuda do governo federal para a prorrogação do prazo de entrega da Declaração do IR para os atingidos pela catástrofe climática no Rio Grande do Sul. “Estamos trabalhando também para arrecadar fundos e ajudar a mitigar o sofrimento das pessoas afetadas.” Comunicação integrada O chefe do Gabinete da Presidência da CNC e gerente de Comunicação do Sistema CNC-Sesc-Senac, Elienai Câmara, agradeceu as movimentações e ações das Federações para apoiar as vítimas do RS e compartilhou com a Diretoria a prestação de contas da coordenação de Comunicação do Sistema. E ainda apresentou as ações integradas, iniciadas em setembro de 2023. Ao todo, as ações do Sistema CNC-Sesc-Senac totalizaram mais de R$ 90 milhões em impacto somente no mês de março. Elienai destacou os 29 projetos integrados, compostos pelas áreas digital, eventos, imprensa e comunicação interna, enfatizando as iniciativas sistêmicas como o Conecta em Ação, da CNC e Federações, com capacitações e treinamentos para as Federações, com início do Módulo 3 em maio; e o Integra Comunicação, da CNC, Sesc, Senac (DN e Regionais), com integração e inovação, agendado para acontecer nos dias 13 e 14 de agosto deste ano. Elienai Câmara afirmou que o objetivo central é trabalhar a comunicação de forma integrada, com resultado satisfatório para todo o Sistema Comércio. Ainda no encontro, o diretor Jurídico e Sindical da CNC, Alain MacGregor, esclareceu a a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os repasses recebidos pelas entidades sindicais para administração dos braços sociais (Sesc e Senac, no caso do Sistema Comércio). Fotos: CNC