SincoElétrico

Confiança dos empresários do comércio sofre queda de 6,5% no primeiro semestre de 2023

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICE) fechou o primeiro semestre de 2023 com variação negativa de 6,5%, em comparação ao mesmo período de 2022. Ao se contrapor aos últimos seis meses do ano passado, a queda é ainda maior (-9,1%). Os outros dois indicadores analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), referentes à intenção de expandir os negócios e à situação dos estoques, também apresentaram variações negativas: 8% e 4,7%, respectivamente, na base comparativa do primeiro semestre do ano. De acordo com a Entidade, essa conjuntura pode ser justificada pelas incertezas por parte da classe empresarial quanto ao ambiente macroeconômico, situação que dificulta a projeção de uma situação mais favorável no segundo semestre. O esmorecimento das vendas, de modo geral, e as expectativas econômicas, principalmente em relação à taxa de juros elevada, são os fatores que têm contribuído para que os empresários ajam com mais cautela e segurem os investimentos. No período, dentre as variáveis que integram o ICEC, a que avalia as condições atuais (ICAEC) apontou variação negativa de 7,3%. O IEEC, que mensura as expectativas futuras, registrou -6,7%. A variável do índice de investimento (IIEC) fechou em -5,3%. Expansão e investimento O Índice de Expansão do Comércio (IEC) encerrou o primeiro semestre de 2023 com queda de 8%. Retrações também foram observadas nos índices que medem as expectativas para contratação de funcionários e o nível de investimento das empresas: -10% e -5%, respectivamente. Já o Índice de Estoque (IE) caiu 4,7%. A proporção dos empresários que consideram a situação adequada dos estoques também registrou recuo de 2,4% — de 59,2%, entre janeiro e junho do ano passado, para 56,8%, em 2023. Aqueles que relatam a situação inadequada para cima do desejado ficou praticamente estável (0,8%). Os que consideram os estoques inadequados para baixo do desejado apontou aumento de 2,3%.  De acordo com a FecomercioSP, é possível que a demanda mais fraca esteja afetando a programação dos estoques das empresas, indicando níveis maiores de armazenamento e dificuldade para investir em renovação de reservas de produtos. Diante disso, a Federação orienta resiliência aos empresários. A redução de despesas operacionais é importante para poder equilibrar a baixa nas receitas. Além disso, desenvolver uma curva ABC de produtos é uma boa saída para saber quais são ideais para trabalhar com liquidações e melhorar o nível de estocagem.  imagem: Freepik

CCT com SINTEC-SP é celebrada

O SincoElétrico celebrou a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), junto ao Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do Estado de São Paulo – SINTEC-SP. O documento está disponível para consulta e download em nosso site. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail: juridico@sincoeletrico.com.br ou telefone (11) 3333 8377. Foto: Freepik

CCT SINTETEL é assinada

O SincoElétrico celebrou mais uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Agora, com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas no Estado de São Paulo – SINTETEL. O documento está disponível para consulta ou download no nosso site. Em caso de dúvidas, entre em contato por e-mail: juridico@sincoeletrico.com.br ou por telefone (11) 3333 8377. Foto: Freepik

CCT com SIMTRATECOR é assinada

O SincoElétrico acaba de firmar e assinar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores Ramo de Transporte de Empresas de Cargas Seca e Molhadas e Diferenciados do Comércio, Indústria, Gás (somente motorista), Estabelecimentos Bancários e Financeiros de Osasco e Região – SIMTRATECOR. O documento está disponível para download ou consulta em nosso site. Acesse: Em caso de dúvidas, entrar em contato conosco por e-mail: juridico@sincoeletrico.com.br ou telefone (11) 3333 8377. Foto: Freepik

CNC fica no Top 5 do Prêmio TOTVS Brasil que FAZ

A empresa de tecnologia TOTVS realizou, na noite de 29 de junho, a entrega do Prêmio TOTVS Brasil que FAZ 2023, que reconhece e valoriza projetos de tecnologia que impactaram positivamente a produtividade e rentabilidade dos negócios, potencializando o crescimento das empresas. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) figurou entre as cinco finalistas na categoria RH, tendo concorrido com o projeto de gestão Meu RH, desenvolvido pela Gerência Executiva de Recursos Humanos (GERH). A CNC tem como um dos seus valores organizacionais a Inovação, cujo objetivo é buscar oportunidades de geração de valor aos seus clientes internos e externos, explorar novas ideias, incentivar a criatividade e buscar a diferenciação em processos, produtos e serviços. Pensando nesse valor, a área de Recursos Humanos analisou internamente os seus processos e construiu propostas para que os procedimentos fossem aperfeiçoados, tendo lançado o projeto Meu RH, com a parceria e o apoio da Gerência Executiva de Tecnologia da Informação (Geti). “Até 2019, a CNC tinha seus processos muito analógicos e burocráticos, executando muitos deles ainda em papel, necessitando de aprovações manuais, o que demandava um tempo maior de execução”, explica Fernanda Casanova, diretora Corporativa da entidade. O projeto Meu RH trouxe transformação digital e transparência às informações trabalhistas, fazendo uso da tecnologia para automação de ponto, sistema ERP de folha de pagamento e interface web e app para acessos dos colaboradores a informações como banco de horas, contracheque e pedido de férias, entre outras funcionalidades. Os projetos finalistas e vencedores do Prêmio TOTVS Brasil que FAZ 2023 foram examinados com base em cinco critérios: Digitalização, Inovação, Ganho operacional, Impacto Financeiro e ESG. Foram premiadas empresas de diferentes segmentos e portes nas categorias: RH, Agro, Logística, Manufatura, Distribuição, Varejo, Food Service, Supermercados, Prestadores de Serviços, Construção, Jurídico, Hotelaria, Educacional e Saúde. Foto: CNC

Diretoria da CNC debate avanços da reforma tributária em reunião mensal

A reunião de diretoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, realizada na sede da entidade, no Rio de Janeiro, em 29 de junho, foi aberta pelo presidente José Roberto Tadros saudando os presentes e reforçando a importância dos eventos Conecta 23 e Sicomércio 2023, que serão realizados no próximo mês, em Brasília. Tadros destacou o objetivo da Confederação de unir e fortalecer todo o Sistema e que os eventos têm papel fundamental para incentivar a sinergia e o intercâmbio de experiências entre os sindicatos que fundamentam a entidade. Ações internacionais Na sequência, foi destacada a presença de diretores e vice-presidentes na comitiva da CNC no World Company Award – Woca, que reuniu empresários brasileiros em Atenas, na Grécia, para incremento das relações comerciais, intercâmbio cultural e socioeconômico do País. Antonio Florencio de Queiroz Junior, vice-presidente administrativo da Confederação e presidente da Fecomércio-RJ, ressaltou que o encontro garantiu “trocas de ideias e informações com players de diferentes lugares do mundo”, e foi fundamental para o trabalho de internacionalização da entidade, iniciado com a instalação do escritório da CNC em Lisboa, Portugal. Saiba mais em: CNC inaugura escritório internacional em Lisboa com foco na aproximação de negócios entre Europa e Mercosul   Queiroz citou ainda a presença de uma equipe, enviada pela Fecomércio-RJ à Feira Internacional do Artesanato – FIA Lisboa, representando 30 mil artesãos fluminenses, que fez uso do escritório da CNC na Europa durante a realização do evento. O presidente Tadros saudou a iniciativa e ressaltou que “o escritório existe para promover nossas atividades e nossa cultura na Europa e está aberto a todas as federações para promoverem seus estados”. Em tópico sobre a 111ª Conferência Internacional do Trabalho, realizada pela Organização Internacional do Trabalho, em Genebra, na Suíça, onde a CNC representou os empregadores brasileiros, Ivo Dall´Acqua, vice-presidente da Fecomércio-SP, destacou que “o resultado foi eficiente do ponto de vista geral” e enfatizou a experiência brasileira no âmbito da Aprendizagem, um dos temas das comissões em que a Confederação esteve presente. “Temos uma expertise que nenhum outro país tem e todos olham com respeito para o trabalho executado por nós”, disse Ivo. Os presentes na delegação da CNC também citaram a importância da visita realizada à Organização Mundial do Comércio, onde foram recebidos por Eduardo Kosmiskas, secretário da Missão Permanente do Brasil junto à OMC, onde abordaram tendências globais de combate às práticas predatórias do comércio eletrônico. Saiba mais em: Presidente da CNC destaca recuperação do mercado de trabalho em plenária da OIT Na ocasião o diretor Jurídico e Sindical da CNC, Alain MacGregor, falou sobre a conclusão do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que declarou válido o Decreto presidencial 2.100/1996, que comunicou a retirada do Brasil da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estabelece que não se dará término à relação de trabalho a menos que exista para isso uma causa justificada relacionada com a capacidade do trabalhador ou crise financeira do empregador. “Teríamos muitos impactos negativos nas relações de trabalho, caso fosse considerado inconstitucional o Decreto”, afirmou MacGregor. Saiba mais em: STF decide que demissão sem justa causa não precisa de justificativa no Brasil Reforma tributária Fabio Bentes, economista da CNC, e Gilberto Alvarenga, consultor da entidade, apresentaram uma análise sobre os impactos da reforma tributária e os avanços já conquistados pela Confederação junto ao grupo de trabalho que formula a proposta,  em vias de ser votada no Congresso Nacional. Bentes reforçou que “estamos entrando em uma fase crítica da reforma e a CNC tem se dedicado a suprir uma demanda do setor produtivo no que se refere ao cálculo das alíquotas e à abordagem do novo regime tributário”, tendo pautado também os tópicos principais de empenho da entidade: alíquotas diferenciadas, especificamente para o setor de serviços, a não cumulatividade plena e o Simples nacional. Alvarenga citou a importância do diálogo com os deputados federais e técnicos que compõem o grupo de trabalho responsável pela formulação da proposta que tramita na Câmara. Sobre os avanços, ele pontuou os pleitos apresentados pela CNC, que não constavam na redação original do texto, e tiveram êxito, como a concessão de crédito ao Simples Nacional no âmbito do IVA, a exemplo do que já é feito em relação ao ICMS; a melhoria no texto sobre a não cumulatividade de impostos, aprimorando o conteúdo original; e a flexibilização da alíquota setorial, que agora prevê excepcionalidades para categorias como saúde, educação, itens médicos e serviços culturais, entre outras. Foi abordada também a questão das Áreas de Livre Comércio, cuja manutenção dos benefícios tributários não consta no texto da reforma, o que representará um impacto negativo na economia dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia e Roraima. O vice-presidente Financeiro da CNC, Leandro Domingos Teixeira Pinto. frisou que a retirada dessa prerrogativa pode causar “sequelas incomensuráveis” para os estados.

Posicionamento da CNC sobre o voto de qualidade no Carf

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) manifesta sua preocupação com a possibilidade de retomada do voto de qualidade no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) prevista pelo Projeto de Lei 2.384/2023, que deve ir à votação pela Câmara dos Deputados nesta semana. A instituição considera a medida um retrocesso, pois retira a segurança jurídica dos processos administrativos analisados por aquele órgão. A Confederação compreende que o voto de qualidade no processo administrativo fiscal viola os princípios do devido processo legal e da igualdade processual. Ele é um método ultrapassado, especialmente no regime constitucional brasileiro, que tem como premissa garantir os direitos fundamentais do cidadão-contribuinte. O parlamento brasileiro aboliu o voto de qualidade, consciente de que torna o sistema fiscal injusto para os contribuintes ao gerar cobranças tributárias juridicamente questionáveis, que muitas vezes são reformadas pelo Poder Judiciário. Por isso, a CNC afirma que a regra que aboliu o voto de qualidade do sistema tributário nacional deve ser mantida inalterada.

Eventos reunirão, em Brasília, mais de 2 mil representantes de sindicatos e federações do setor terciário

Entre os dias 10 e 14 de julho, o Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, receberá dois eventos voltados para formação e capacitação de representantes de sindicatos e federações do setor terciário de todo o País. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) promove o Conecta, nos dias 10 e 11 de julho, evento dedicado ao compartilhamento de boas práticas do Sistema Comércio (formado por 34 Federações Estaduais e Nacionais, além de sindicatos, Sesc e Senac). Confira a programação do Conecta De 12 a 14 de julho, é a vez do Sicomércio 2023, quando dirigentes e equipes de mil sindicatos terão uma intensa imersão em cases de sucesso que poderão ser replicados ou servir de exemplo para melhor atender os empresários representados. Os dois eventos devem receber cerca de 2 mil pessoas. Confira a programação do Sicomércio 2023 Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, essa é uma excelente oportunidade de atualização, conexão e compartilhamento de experiências para aprimorar e ampliar a atuação das Federações e sindicatos do Brasil. “O Conecta é um momento que se tornou imprescindível para a unidade do trabalho das Federações do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Já o Sicomércio, que não era realizado desde 2015, é o palco de grandes debates das pautas prioritárias para a representação dos empresários do setor terciário do País e, dele, sairão diretivas para as atividades dos sindicatos nos próximos anos”, afirma Tadros. Palestras Além dos hubs temáticos, haverá diversas palestras dirigidas para todo o público. No Conecta, entre os palestrantes está o editor executivo de conteúdos digitais da MIT Technology Review, Rafael Coimbra, que vai falar sobre as tendências e os impactos tecnológicos no comércio e no turismo. Outras atrações são as palestras da coordenadora nacional do Polo de Lideranças do Sebrae, Rosangela Angonese, sobre o caminho para a liderança efetiva, e do diretor de Economia e Inovação da CNC, Guilherme Mercês, que trará detalhes sobre o Programa Inovação 360 e o mapa setorial do Sistema Comércio. No Sicomércio, estão previstas palestras do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que falará sobre a economia e o comércio no Brasil; do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, que vai abordar o fortalecimento das negociações coletivas; e do ministro do Tribunal Superior do Trabalho Douglas Alencar Rodrigues, que vai analisar o cumprimento das cotas de aprendizagem e de pessoas com deficiência. Espaços temáticos As programações do Conecta e do Sicomércio são organizadas em seis espaços temáticos: relações sindicais, relações institucionais, representação, atuação gerencial, comunicação institucional e desenvolvimento de negócios. As discussões ocorrerão, concomitantemente, em uma estrutura hexagonal que facilitará a circulação dos participantes entre os debates. Compensação de carbono Os eventos serão marcados pelo desenvolvimento de práticas sustentáveis como a compensação da emissão de gases do efeito estufa. Para isso, serão adquiridos créditos de carbono no mercado voluntário associado a projetos socioambientais na região amazônica. Serão priorizados, nas iniciativas de geração de créditos de carbono, projetos de florestamento, reflorestamento e preservação da flora que envolvam as comunidades locais, todos auditados e certificados.

Otimismo com mercado de trabalho aumenta intenção de consumo das famílias

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou 2,6% em junho, descontados os efeitos sazonais, e manteve sua trajetória de crescimento. Pelo terceiro mês consecutivo, todos os indicadores avançaram nas comparações mensal e anual, aproximando o índice da zona favorável (acima dos 100 pontos). Quatro dos sete indicadores já estão no quadrante positivo: satisfação com emprego e renda atuais e perspectivas profissional e de consumo. A queda da inflação além do esperado e o mercado de trabalho aquecido têm deixado os consumidores mais dispostos a consumir. Embora mais otimistas, o endividamento em nível elevado e os juros altos limitam a capacidade de consumo e os efeitos benéficos da maior renda disponível. Com isso, as vendas do varejo e dos serviços têm desacelerado. “Os dados da ICF mostram que os consumidores brasileiros estão mais confiantes no futuro do emprego, especialmente os de menor renda e as mulheres, que foram os mais afetados pela crise econômica”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Nesse sentido, a queda da inflação e a geração de vagas formais contribuem para esse cenário. “No entanto, ainda há obstáculos para a retomada do consumo, como o alto nível de endividamento e a restrição do crédito, que impactam principalmente a compra de bens duráveis”, pondera Tadros. Segurança no emprego estimula intenção de compra A perspectiva profissional foi o indicador com a maior alta em junho, +4,9%. Conforme a economista da CNC responsável pela ICF, Izis Ferreira, a maior satisfação com o emprego atual é reflexo da geração de vagas formais pelo setor de serviços e pela construção civil, setores que vêm contratando pessoas com menor nível de escolaridade. Isso fez o índice alcançar 122,3 pontos, o maior nível desde março de 2015. O indicador que mede a intenção de compra de duráveis também avançou na casa dos 6,5%, porém sobre uma base de comparação baixa – o nível segue em 57,8 pontos. “Isso demonstra que, mesmo que o consumidor esteja mais animado com as compras a prazo, principalmente por estar mais seguro no emprego, o crédito seleto e caro limita a aquisição desse tipo de produto”, analisa a economista. Nessa linha, a pesquisa apontou que 4 em cada 10 consumidores relataram ter mais dificuldade de obter crédito. Por outro lado, na comparação anual, os indicadores que medem a percepção das famílias sobre o nível atual de compras, a renda e a perspectiva de consumo no curto prazo apresentaram as maiores taxas – 32%, 26,4% e 30,4% de alta, respectivamente. Isso porque, em junho de 2022, a inflação anual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulava alta de 11,9%, apertando os orçamentos domésticos e corroendo o poder de compra da maioria da população. “Esse cenário fez com que os consumidores recorressem mais ao crédito para recompor seus rendimentos e, consequentemente, tinham menos intenção de comprar. O IPCA acumula alta de 3,9% até maio deste ano, uma inflação três vezes menor do que no mesmo período do ano passado, o que favorece o consumo”, esclarece Izis. Otimismo avançou mais entre consumidores de menor renda O avanço na intenção de consumir em junho foi mais expressivo entre os consumidores de rendas média e baixa (com alta de 3,1%) do que entre os consumidores de renda alta (com crescimento de 2,2%). A diferença é provocada pela melhor perspectiva profissional, indicador que cresceu 5,8% no grupo que ganha menos de 10 salários mínimos. Além de mais seguros no emprego, 52% acreditam que terão melhores condições de trabalho nos próximos meses, a maior proporção desde abril de 2015. A perspectiva profissional também aumentou para os de maior renda, mas em menor escala, com majoração de 2,8%. No recorte por gênero, embora mais homens apontem que a perspectiva no emprego é positiva (53,1% do total do público masculino), foi entre as mulheres que a proporção mais cresceu em um ano (8,8 pontos percentuais), o que levou 52,2% das pesquisadas a vislumbrar melhores condições no trabalho, nos próximos meses. Esses fatores, como aponta Izis Ferreira, levaram a intenção de consumo a avançar 24% entre as mulheres, enquanto o índice cresceu 19% entre os homens.

Substitutivo da Reforma Tributária: entenda como deve ficar o sistema e o que mais pode afetar na sua empresa

O texto substitutivo da PEC 45/2019, da Reforma Tributária na Câmara, foi apresentado na noite da última quinta-feira (22). Pelo conteúdo proposto, serão substituídos os cinco tributos sobre o consumo (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por dois impostos sobre valor agregado (IVA dual: federal e subnacional), além de um imposto específico sobre determinados bens (imposto seletivo).  Considerando a complexidade de uma proposta que deve ser levada à votação ao plenário da Câmara na primeira semana de julho, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) se mantém contra a pressa pela aprovação sem o tempo necessário para que tudo seja analisado com profundidade, uma vez que não se tem ideia de qual será o impacto disso para as atividades econômicas, especialmente as de representação da Entidade.  Desenho do sistema tributário  Pelo texto, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, substituirá o ICMS e o ISS. A Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência da União, substituirá o PIS e a Cofins.  O Imposto Seletivo (IS) visa desestimular o consumo de bens e serviços considerados prejudiciais à saúde (bebidas e tabacos, por exemplo) ou ao meio ambiente, permitindo que o Poder Executivo altere as alíquotas, como ocorre na atualidade com relação ao IPI.  IVA dual  Ambos os tributos, de competências federal e regional que compõem o IVA dual, terão características idênticas:  O IVA dual terá base ampla, não cumulatividade plena, incidência “por fora”, tributação no destino e poucas alíquotas e exceções.  Com relação às alíquotas do IBS (IVA subnacional), será aplicada uma alíquota única para todas as operações com bens e serviços, porém cada ente federativo fixará a alíquota própria por lei específica. O Senado fixará a alíquota de referência do imposto. O imposto terá regime específico de tributação para combustíveis e lubrificantes, serviços financeiros, operações com bens imóveis, entre outros.  Alíquotas diferenciadas para poucas atividades  O texto permite alíquotas diferenciadas do IBS e da CBS, que poderão ser reduzidas em 50% para as seguintes atividades: serviços de educação; serviços de saúde; dispositivos médicos; medicamentos; serviços de transporte público; produtos agropecuários, pesqueiros, florestais e extrativistas vegetais in natura; insumos agropecuários, alimentos destinados ao consumo humano e produtos de higiene pessoal; e atividades artísticas e culturais nacionais.   Quanto à CBS, o texto substitutivo permite a redução de 100% das alíquotas sobre serviços de educação de ensino superior do Prouni e dos serviços beneficiados pelo Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), este até 2027.   Para a FecomercioSP, um fator preocupante é que o texto ainda não contempla o setor que mais emprega no País, os serviços, com a devida amplitude, que teriam pouco crédito pela natureza de suas atividades econômicas, já que sua maior despesa é a folha de salários — que não dá direito o creditamento. Esse é o ponto mais crítico da proposta.  Veja todos os pontos defendidos pela FecomercioSP e pelos sindicatos filiados. Imposto subnacional ainda incerto A perspectiva do IVA federal deve ser de uma alíquota de 12% da CBS (PIS e Cofins), aquele de competência da União. Contudo, o ponto de temor é que não há qualquer projeção de quanto seria a alíquota do IBS (ICMS e ISS), de competência regional.   Considerando que, atualmente, temos uma alíquota padrão de 18% de ICMS e de 5% de ISS, há grande pavor sobre quanto será a futura alíquota. O setor produtivo permanece em um voo às cegas, sem saber como será a lei complementar que definirá a regra de incidência dos novos tributos, especialmente base de cálculo e alíquota. Contas simples apontam que fatalmente setores importantes da economia terão aumento da carga tributária.  Simples Nacional  O texto mantém o tratamento favorecido às micro e pequenas empresas. Sobre a transferência de crédito das MEs/EPPs, poderão permanecer integralmente no regime único diferenciado. Ainda assim, a transferência de crédito do IBS e da CBS será no montante equivalente ao cobrado no regime único. A ME/EPP poderá optar em recolher IBS e CBS separadamente, como uma empresa regular, e transferir integralmente os créditos destes tributos.   Ainda de acordo com a FecomercioSP, a limitação da transferência dos créditos é um retrocesso, pois, hoje, já é permitida a transferência integral do crédito de PIS e Cofins. Essa restrição compromete a competitividade das micro e pequenas empresas. Assim, para a ME/EPP não perder mercado, terá que pagar esses tributos tal como uma média ou grande empresa e, ainda, terá que arcar com o custo do cumprimento de obrigações acessórias, pois deverá cumprir as obrigações relativas ao Simples Nacional, do IBS e da CBS. O tratamento diferenciado e favorecido destinado a elas não estaria mais assegurado. Esses negócios deveriam ter a concessão de crédito presumido, do mesmo modo que outros setores terão esse direito. Período de transição entre os sistemas  O texto estabelece que a transição para os contribuintes será realizada em oito anos, durante os quais a extinção de PIS e Cofins se dará em 2027, e de ICMS e ISS a partir de 2033, com a entrada proporcional do IBS durante o período de transição. Os benefícios e incentivos fiscais ou financeiros, não incluídos nos novos tributos, serão reduzidos gradativamente. A FecomercioSP entende que oito anos de transição significa, na prática, que o contribuinte teria um aumento de complexidade do cumprimento das obrigações acessórias, pois terá que atender às exigências tanto do atual como do novo sistema. A sugestão da Federação é que o período seja reduzido e que sejam estendidos os incentivos presentes no sistema atual para o novo, enquanto durar o período de transição, e cumprir com os benefícios por prazo determinado, como é o caso do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), incluído no texto. Crédito financeiro O crédito do IBS será do valor cobrado (destacado na nota fiscal), e não como previsto originalmente, que dependia de comprovação do efetivo pagamento. Contudo, mantém a possibilidade de o aproveitamento do crédito ficar condicionado ao efetivo