SincoElétrico

Abaixo-assinado contra cortes no Sesc e no Senac supera 1 milhão de pessoas

Em 20 dias, o abaixo-assinado promovido pelo Sistema Comércio contra os artigos 11 e 12 do Projeto de Lei de Conversão nº 09/2023, cuja votação pelo Senado está prevista para hoje (24), chegou a um milhão de adesões. Ele pode ser acessado pelo link: https://cnc.portaldocomercio.org.br/sousescsenac. Nos perfis da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), do Sesc e do Senac nas redes sociais, continua a campanha de sensibilização contra os artigos que, se aprovados, desviarão 5% dos recursos das contribuições sociais destinadas pelas empresas do setor terciário ao Sesc e ao Senac para a Embratur. Dezenas de personalidades das artes e dos esportes, como Fernanda Montenegro, Lenine, Renata Sorrah, Maitê Proença, Maria Bethânia, Tom Zé, Bernardinho e tantos outros, também se posicionaram contrariamente à proposta. No Senado, 27 senadores protocolaram requerimento de matéria estranha para que os artigos que tratam dos cortes sejam considerados “não escritos”. O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, diz pretender um acordo para resolver o embate criado por ele próprio ao propor, por meio da Câmara dos Deputados, os dois artigos que desviam recursos das instituições para a autarquia. Apesar de dizer que tentou diálogo com a CNC, nunca houve proposta de agenda com nenhuma das instituições do Sistema para isso. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, ressalta que não há chance de acordo. “Dinheiro privado não é de uso público, o corte, além de inconstitucional, é ilegal e imoral. Retirar verba aplicada na qualidade de vida e na educação profissional do trabalhador para propaganda no exterior é desvio de finalidade desses recursos”, afirma Tadros. Se os dispositivos entrarem em vigor, existe o risco real de encerramento das atividades do Sesc e do Senac em mais de 100 cidades brasileiras e mais de R$ 260 milhões deixarão de ser investidos em atendimentos gratuitos (incluindo exames clínicos e odontológicos, por exemplo). Além do fechamento de unidades, também podem ocorrer demissões de mais de 3,6 mil trabalhadores, redução de 2,6 milhões de quilos de alimentos distribuídos pelo Programa Mesa Brasil Sesc (maior banco de alimentos da América Latina), fechamento de 7,7 mil matrículas em educação básica e 31 mil em ensino profissionalizante, entre outros prejuízos que serão sofridos diretamente pela população atendida. O estudo da FGV que a Embratur sugere embasar a proposta de corte de Sesc e Senac, na verdade, indica várias possibilidades de repasse. A Fundação Getúlio Vargas esclareceu, em documento oficial encaminhado à CNC, que não apontou percentual de corte de recursos das duas instituições. O documento informa que foi realizado um levantamento de natureza preliminar que apontou diversos caminhos possíveis, a serem seguidos individualmente ou conjuntamente, para composição de fonte de custeio, como adequação de fundos federais (Fundo Aeroviário, Fundo Nacional da Aviação Civil, Novo Fungetur), criação ou adequação de loteria do Turismo, IOF sobre gastos no exterior, Fundo de Endowment, entre vários outros. Prejuízo ao turismo A CNC não apenas defende a promoção do turismo brasileiro, bem como trabalha há mais de 75 anos pelo desenvolvimento do setor. Somente na área do turismo, além do fechamento de 23 laboratórios de formação e qualificação de mão de obra para o setor, o programa de Turismo Social, pelo qual o Sesc oferece passeios e viagens a preços acessíveis, seria afetado. O projeto, que é referência na América Latina, estimula o desenvolvimento do setor em diversas localidades do interior do País, muitas delas dependentes do programa para grande parte do movimento turístico. “É um contrassenso que sejam retirados valores da assistência social para a população, enquanto o Brasil renuncia a R$ 2,5 bilhões por ano com a retomada de exigência de visto para turistas dos Estados Unidos, do Canadá, do Japão e da Austrália”, destaca o presidente da CNC. Conforme estudo da Confederação, a suspensão da necessidade de visto para turismo no Brasil havia ampliado em 21,5% a quantidade de estrangeiros desses países em 2019, no comparativo com o ano anterior. Alegação de sobra no orçamento é equivocada É importante ressaltar que o valor apontado pela Embratur como suposto “superávit” do Sesc e do Senac está destinado à continuação de obras, incluindo as de manutenção e modernização, bem como comprometido com contratos de construção de novas unidades por todo o País. Importante destacar que não existe excedente financeiro em entidades sem fins lucrativos. O orçamento de 2023 foi pactuado pelo Conselho Fiscal do Sesc e do Senac, que é formado por sete integrantes, sendo quatro lideranças do governo federal, dois de entidades empresariais e um representante da classe trabalhadora. Os recursos foram empenhados para uso previamente determinado e de conhecimento de todos, inclusive, do governo. Alteração da lei é inconstitucional Por lei, todos os recursos de Sesc e Senac devem financiar programas de bem-estar social aos comerciários e suas famílias, além de criar e administrar escolas de aprendizagem comercial e cursos práticos, de formação continuada ou de especialização para os empregados do comércio. Se entrar em vigor, a nova legislação é inconstitucional e fere inúmeras decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinam que essas verbas não são públicas, já que as contribuições dos grandes empresários do setor terciário devem ser destinadas exclusivamente para essas finalidades. Mesmo sem contribuir, as micro e pequenas empresas também são beneficiadas pela qualificação de funcionários e melhoria das condições de vida da população em geral.

SincoElétrico comemora 85 anos de atuação

Fundado em 23 de maio de 1938, o SincoElétrico, que tem Marco Aurélio Sprovieri Rodrigues como presidente, está comemorando 85 anos de atuação em defesa das melhores condições e práticas para o desenvolvimento dos setores e das empresas que representa.

Otimismo do consumidor de menor renda impulsiona intenção de compra das famílias

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou 2,4% em maio, descontados os efeitos sazonais, e manteve a tendência de alta. O nível de consumo atual teve o maior aumento em maio, de 3,4%, com a combinação de inflação mais baixa e emprego mais favorável, embora o indicador esteja na zona negativa, com 81,5 pontos. Os consumidores também apontaram maior intenção de consumo de produtos duráveis, mas a alta tem relação com a base de comparação muito baixa. A avaliação da renda atual melhorou 2,9%, e o indicador chegou ao maior nível (115,3 pontos) desde maio de 2015. Cerca de 36,5% dos consumidores consideram sua renda melhor do que há um ano, a maior desde março de 2020, início da pandemia de covid-19. Conforme o presidente da CNC, José Roberto Tadros, diversos fatores auxiliaram a elevação do indicador. “Houve crescimento de todos os indicadores nas comparações mensal e anual, especialmente por conta das sucessivas quedas da inflação além do esperado, o que tem deixado os consumidores mais dispostos a consumir”, afirma. Para Tadros, como o mercado de trabalho segue apontando alta das contratações formais, mesmo que em menor intensidade do que no ano passado, essa pode ser uma tendência para os próximos meses, apesar do endividamento dos consumidores em nível elevado e os juros altos limitarem os efeitos benéficos da maior renda disponível ao consumo. Outro ponto ressaltado pelo presidente da CNC é a maior satisfação dos brasileiros com o emprego, o que permite a dinâmica mais favorável do nível de consumo atual. A contínua geração de vagas formais pelo setor de serviços, com contratação de pessoas com menor escolaridade, fez o índice alcançar 121,6 pontos, o maior nível desde abril de 2015. Inflação baixa melhora renda dos mais pobres, mas endividamento trava consumo A evolução da inflação em abril novamente mostrou desaceleração, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 4,18%, em termos anuais. O dado situa-se dentro do intervalo da meta de inflação do Banco Central, que é de 4,75%, pelo segundo mês consecutivo. Além disso, a inflação dos produtos de alimentação e bebidas, itens que mais pesam no orçamento das famílias de renda menor, desacelerou, com alta de 1,52% neste ano. Conforme a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, a maior intenção de compra entre os mais pobres está relacionada com a melhora da avaliação da renda por esse grupo. Tanto no mês quanto no ano, a percepção de que o dinheiro está comprando mais cresceu em maior intensidade entre os consumidores de rendas média e baixa (3,1% e 31,2%, respectivamente). “Além disso, o consumidor de baixa renda está mais seguro no emprego, o que tem levado à maior satisfação no trabalho por esse grupo”, explica. A dinâmica de aceleração da intenção de compra entre os consumidores de menor renda fez os índices das duas faixas de rendimento se aproximarem. O volume de consumidores com até 10 salários mínimos que consideram a renda atual melhor do que há um ano chegou a 34,6%, maior percentual em três anos. “Mas é justamente entre esses consumidores que o endividamento e a inadimplência mais cresceram em um ano até abril”, avalia Izis Ferreira. Já no recorte por gênero, o otimismo entre as mulheres vem crescendo, o que aproximou a intenção de consumir dos dois grupos. O indicador avançou 27,1% em um ano para o público feminino, enquanto a intenção de compra cresceu 20% entre os homens, que se mostram mais cautelosos. “Com mais mulheres ingressando no emprego formal desde o ano passado, a percepção delas sobre a segurança no emprego e na renda também tem melhorado”, conclui a economista da CNC. Confira aqui a análise completa e a série histórica 

O papel do Sesc e do Senac na formação de capital humano

Por José Pastore* Durante muitos anos, o conceito de capital humano ficou restrito à educação e, mais especificamente, aos anos de escola cursados pelas pessoas. Tudo começou com o professor Theodore Schultz, que tive o prazer de conhecer nos idos dos anos 1960. Ele formulou a Teoria do Capital Humano, que, mais tarde, lhe daria o Prêmio Nobel (1979). Schultz foi um dos primeiros economistas a demonstrar que os investimentos realizados em educação têm um enorme impacto na produtividade dos seres humanos e no progresso das nações. Mais tarde, Gary Becker veio aperfeiçoar essa teoria ao incluir outros fatores não materiais como responsáveis pelo sucesso das pessoas e dos países — os valores inculcados pela família, o senso de responsabilidade e de pontualidade, a ética no trabalho e também uma boa condição de saúde. No campo da sociologia, David Maclelland, também na década de 1960, desenvolveu a Teoria da Motivação e Realização, na qual demonstrou a importância do senso de independência na criação das crianças — que, mais tarde, faz os adultos se transformarem nas principais molas do sucesso individual e da sociedade. Dali para a frente, as teorias foram incorporando mais e mais elementos ligados às capacidades humanas para explicar o desenvolvimento econômico. Recentemente, o Banco Mundial passou a definir o capital humano como o conjunto de qualidades das pessoas que decorrem da sua saúde, da socialização familiar, da educação escolar, da exposição à cultura e à prática dos esportes e do lazer adequados. Portanto, o capital humano não mais se limita à educação e inclui várias dimensões humanas. O Brasil é carente de capital humano em todas as suas dimensões. A educação é de má qualidade para a maioria das pessoas. A qualificação e a requalificação profissionais são limitadas. A saúde e o atendimento à saúde são precárias. As oportunidades de avanços culturais enriquecedores são escassas. Uma exceção nesse triste quadro é a existência de uma grande rede de escolas profissionais e centros de saúde, esporte, cultura e lazer (Sesc e Senac), inteiramente mantidos pelos empresários do comércio, dos serviços e do turismo. Essas entidades, que operam no campo da formação do capital humano há mais de 70 anos, adquiriram uma grande capacidade de transformar o ensino em aprendizado e as promoções social e cultural em melhoria da qualidade de vida das pessoas. Os resultados são inequívocos e provados por pesquisas robustas. Os egressos das escolas do Senac se empregam rapidamente, sofrem pouca rotatividade e sobem na carreira com segurança. Os que frequentam os centros de promoção social como os do Sesc previnem doenças, evitam acidentes do trabalho, adquirem habilidades básicas, e melhoram a condição física por meio de um bom atendimento à saúde e à prática de esporte e lazer, além da ampliação do horizonte cultural por meio de cinema, teatro e música. É exatamente dessas entidades que se pretendem reduzir os recursos. É um absurdo. No campo da formação profissional e da promoção social, o governo não tem capacidade de fazer e não quer deixar os outros fazerem. Um corte de verbas neste momento implicaria severa redução das atividades que vêm dando certo no campo da formação do capital humano. Convém pensar bem antes de precipitar. Destruir é fácil. Construir é difícil. O Sesc e o Senac precisam de você! Participe do abaixo-assinado:https://cnc.portaldocomercio.org.br/sousescsenac *José Pastore é Presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da FecomercioSP.Artigo originalmente publicado no LinkedIn em 10 de maio de 2023. Foto: Divulgação/FecomercioSP

Vendas do comércio varejista paulista crescem 3,7% em fevereiro

Em fevereiro, as vendas do comércio varejista no Estado de São Paulo seguiram a tendência dos últimos meses e cresceram 3,7% em comparação ao mesmo período de 2022. O faturamento real atingiu R$ 86,2 bilhões — R$ 3 bilhões a mais na mesma base comparativa. Esse é o melhor resultado para o segundo mês do ano desde 2008, quando teve início a série histórica. Com o resultado, a variação acumulada nas vendas varejistas no ano foi de 6%, o que representa faturamento de R$ 10 bilhões acima do obtido no mesmo período dos dois primeiros meses de 2022. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A combinação entre inflação mais moderada e mercado de trabalho aquecido tem dado condições para o aumento do consumo das famílias, aponta a Federação. A situação econômica mais favorável dos consumidores também permite a redução na taxa de inadimplência. Consequentemente, o ganho de renda do trabalho é destinado às compras, sobretudo nos setores essenciais. Tanto que, das nove atividades pesquisadas, sete mostraram crescimento no faturamento real em fevereiro. Destaque para farmácias e perfumarias (15,9%), supermercados (11,7%) e autopeças e acessórios (7,4%). Por outro lado, retrações foram registradas pelos grupos de outras atividades (-11%) e materiais de construção (-2,4%). Custo financeiro mais elevado O crédito, apesar de caro, ainda está farto, cenário que permite a manutenção do desempenho positivo de segmento de duráveis, como é o caso de concessionárias de veículos, que cresceu 6,3% no segundo mês do ano, e eletrodomésticos e eletrônicos, que apresentou alta de 2,6%. No entanto, o consumidor terá de arcar com um custo financeiro mais elevado, em razão da alta taxa de juros, aponta a FecomercioSP. Infelizmente, nessa conjuntura, a economia toda perde o seu potencial. O comércio, por exemplo, poderia vender mais a um preço mais barato. Como resultado, o consumidor teria mais espaço para outros gastos. Entretanto, parte dos recursos é direcionada aos bancos. De acordo com a Federação, de modo geral, o quadro tem sido mais positivo em relação ao visto em 2022, sobretudo quanto a uma inflação mais amena. Vale ressaltar que o aumento do faturamento não quer dizer lucro, pois não se trata de resultado financeiro. Sendo assim, muitos empresários seguem com margens apertadas para não perder a atratividade do consumidor. Para março, a expectativa é de continuidade de crescimento da curva. A inflação dos alimentos tem se mantido praticamente estável — e, por ser o motivo principal do custo das famílias, dá um fôlego para o orçamento doméstico. Neste início de ano, a base sólida de emprego e renda é o que tem sustentado esses números favoráveis no varejo.

Funcionários do Sesc e Senac protestam contra corte de 5% dos recursos

Funcionários do Serviço Social do Comércio (Sesc) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) se mobilizaram nesta terça-feira (16) contra o corte de 5% dos recursos da instituição. O protesto aconteceu em várias cidades do Brasil. A mobilização ocorre contra o PLV Nº 9/2023, aprovado na Câmara dos Deputados, que tem como objetivo retirar 5% das verbas do Sesc e do Senac para repassar à Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). “Esse 5% que vai ser retirado, vai fazer falta sim. Serviços vão ser deixados de ser executados, pessoas vão ficar sem atendimento e funcionários ficarão sem empregos, porque vai ter desemprego, vai ter a sociedade sem atendimento”, disse Lisiane Carnetti, a diretora regional do Sesc. A proposta deve ser votada no Senado nesta quarta-feira (17). Embora sejam privadas e administradas por federações e confederações patronais, essas entidades são mantidas por contribuições estipuladas em lei e administram recursos públicos. Uma parte das contribuições e tributos que as empresas pagam sobre a folha de pagamento é repassado para as entidades do Sistema S. As alíquotas das contribuições variam em função do tipo do contribuinte. A contribuição é recolhida pela Previdência Social sobre o montante da remuneração paga a todos os empregados pelas cooperativas. A estimativa das instituições é que mais de R$ 260 milhões deixarão de ser investidos em atendimentos gratuitos e unidades podem ser fechadas. “Também podem ocorrer demissões de mais de 3,6 mil trabalhadores, redução de 2,6 milhões de quilos de alimentos distribuídos pelo Programa Mesa Brasil, fechamento de 7,7 mil matrículas em educação básica e 31 mil em ensino profissionalizante, entre outros prejuízos que serão sofridos diretamente pela população atendida”, estimam. Fonte: G1 Foto: Sincoelétrico

Receita Federal notifica contribuintes para regularização de benefícios fiscais relacionados ao ICMS

Em um movimento recente que tem gerado muitos desdobramentos no universo fiscal, um número significativo de contribuintes que se beneficiaram de isenções de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) agora estão recebendo notificações para regularização. Essa mudança ocorre em meio a uma controvérsia em torno da base de cálculo para o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) . Entendendo o Problema Os contribuintes em questão são aqueles que haviam excluído do cálculo do IRPJ e da CSLL os valores correspondentes a incentivos fiscais de ICMS concedidos pelos Estados. A Receita Federal está notificando esses contribuintes para regularizar a situação, baseando-se na Lei Complementar 160/2017 e no Convênio Confaz 190/2017. Impactos para os Contribuintes Essas notificações, emitidas pela Receita Federal, têm como objetivo exigir a regularização da situação fiscal desses contribuintes. Aqueles que não regularizarem a situação poderão sofrer as consequências legais, que incluem possíveis autuações e penalidades. Dessa forma, a questão levanta preocupações e incertezas para as empresas que se beneficiaram de incentivos fiscais, obrigando-as a reavaliar suas práticas fiscais e garantir que estejam em conformidade com a legislação atual. Os contribuintes afetados têm agora o desafio de revisar seus processos fiscais para garantir a conformidade e evitar possíveis penalidades. Esta é uma história em desenvolvimento que continuaremos acompanhando de perto, destacando as implicações para os contribuintes e as possíveis ramificações a longo prazo. Fonte: Portal Contábeis Foto: Freepik

Dia S – Sesc e Senac participam de atos públicos simultâneos em todo o Brasil nesta terça-feira

Amanhã (16 de maio), às 16h (horário de Brasília), serão realizados atos públicos simultâneos em defesa do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) por todo o País. O chamado Dia S reunirá colaboradores do Sistema Comércio, usuários, alunos e professores em uma grande manifestação de apoio às instituições. E, na ocasião, também serão coletadas assinaturas para o abaixo-assinado contra o desvio de 5% dos recursos do Sesc e do Senac para a Embratur, documento que já conta com 500 mil adesões (disponível em: https://cnc.portaldocomercio.org.br/sousescsenac). O corte foi aprovado na Câmara dos Deputados, por meio dos artigos 11 e 12, inclusos no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 09/2023, e deve ir à votação no Senado Federal, nesta quarta-feira (17/05). No Rio de Janeiro, a manifestação será na Cinelândia, com apresentação de artistas engajados na luta pela manutenção dos serviços de Sesc e Senac prestados à população. Estão confirmadas as presenças de Dudu Nobre e Sandra de Sá. A programação dos atos nos demais estados está no fim do release. Centrais sindicais trabalhistas e confederações patronais enviaram cartas aos senadores Na semana passada, duas cartas foram endereçadas aos senadores – uma encaminhada pelos trabalhadores e outra pelos empresários. As Confederações Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), da Indústria (CNI), da Agricultura e Pecuária (CNA), dos Transportes (CNT) e das Cooperativas (CNCoop) enviaram ao Senado mensagem afirmando que o indevido e injusto redirecionamento de valores prejudicará milhões de atendimentos gratuitos oferecidos à população nas áreas de saúde, educação, assistência, cultura, lazer e profissionalização. No mesmo sentido, foi enviado um documento assinado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio. Cortes podem encerrar atividades em mais de 100 municípios Se os dispositivos entrarem em vigor, existe o risco real de encerramento das atividades do Sesc e do Senac em mais de 100 cidades brasileiras e mais de R$ 260 milhões deixarão de ser investidos em atendimentos gratuitos (incluindo exames clínicos e odontológicos, por exemplo). Além do fechamento de unidades, também podem ocorrer demissões de mais de 3,6 mil trabalhadores, redução de 2,6 milhões de quilos de alimentos distribuídos pelo Programa Mesa Brasil, fechamento de 7,7 mil matrículas em educação básica e 31 mil em ensino profissionalizante, entre outros prejuízos que serão sofridos diretamente pela população atendida. Prejuízo ao turismo A CNC não apenas defende a promoção do turismo brasileiro, bem como trabalha há mais de 75 anos pelo desenvolvimento do setor. Somente na área do turismo, além do fechamento de 23 laboratórios de formação e qualificação de mão de obra para o setor, o programa de Turismo Social, pelo qual o Sesc oferece passeios e viagens a preços acessíveis, seria afetado. O projeto, que é referência na América Latina, estimula o desenvolvimento do setor em diversas localidades do interior do País, muitas delas dependentes do programa para grande parte do movimento turístico. “É um contrassenso que sejam retirados valores da assistência social para a população enquanto o Brasil renuncia a R$ 2,5 bilhões por ano com a retomada de exigência de visto para turistas dos Estados Unidos, do Canadá, do Japão e da Austrália”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Conforme estudo da Confederação, a suspensão da necessidade de visto para turismo no Brasil havia ampliado em 21,5% a quantidade de estrangeiros desses países em 2019, no comparativo com o ano anterior. Alteração da lei é inconstitucional Por lei, todos os recursos de Sesc e Senac devem financiar programas de bem-estar social aos comerciários e suas famílias, além de criar e administrar escolas de aprendizagem comercial e cursos práticos, de formação continuada ou de especialização para os empregados do comércio. Se entrar em vigor, a nova legislação é inconstitucional e fere inúmeras decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinam que essas verbas não são públicas, já que as contribuições dos grandes empresários do setor terciário devem ser destinadas exclusivamente para essas finalidades. Mesmo sem contribuir, as micro e pequenas empresas também são beneficiadas pela qualificação de funcionários e melhoria das condições de vida da população em geral. Alegação de sobra no orçamento é equivocada É importante ressaltar que o valor apontado pela Embratur como suposto “superávit” do Sesc e do Senac já está comprometido com obras de manutenção ou início de novas unidades por todo o País. O orçamento de 2023 foi pactuado pelo Conselho Fiscal do Sesc e do Senac, formado por sete entes, sendo quatro lideranças do governo federal, dois de entidades empresariais e um representante da classe trabalhadora. Os recursos foram empenhados para uso previamente determinado e de conhecimento de todos, inclusive, do governo. AGENDA NACIONAL – Dia S

Varejo paulista pode ter o melhor Dia das Mães dos últimos 15 anos

Cenário positivo para o Dia das Mães no Estado de São Paulo: levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) projeta crescimento de 3% nas vendas no mês de maio. O faturamento deve atingir R$ 56,5 bilhões, o que representa R$ 1,4 bilhão a mais em relação ao mesmo período do ano passado. Caso o resultado seja confirmado, a data tende ser a melhor desde 2008, início da série histórica do estudo. As cinco atividades selecionadas para a pesquisa devem apresentar crescimento nas vendas, com destaque para o setor de vestuário, tecidos e calçados, apresentando previsão de elevação de 7% no contraponto anual. Segundo o histórico de pesquisa do perfil de presentes realizada pela Federação, o segmento é o mais demandado para compras no período. Entretanto, os consumidores vão precisar gastar mais, caso queiram presentear com camiseta, shorts ou tênis. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a inflação do grupo de vestuário na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é de quase 15% em um ano, número muito acima da elevação média geral (5,61%). Por isso, a dica da FecomercioSP aos consumidores é pesquisar. Farmácia e perfumaria, assim como lojas de móveis e decoração, devem obter crescimento de 4% nas vendas. O primeiro, que inclui maquiagens e perfumes, também está entre os produtos mais procurados para a data. Assim como ocorre com vestuário, a inflação dos artigos de higiene pessoal cresceu 13,92% nos últimos 12 meses. Contudo, por serem produtos com valor mais acessível, em sua maioria, mesmo com valores mais elevados, ainda será possível realizar compras à vista para aproveitar os descontos. Por outro lado, apesar do dado positivo estimado para maio, o segmento de móveis e decoração depende, em geral, de crédito — que, por sua vez, está mais caro em decorrência dos juros elevados. Eletrônicos são opções O crescimento nas vendas das lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento deve chegar a 3%, na comparação com maio de 2022. Os produtos mais procurados são celulares e aparelhos de TV e som, assim como computadores. Os dispositivos eletrônicos estão cerca de 3,4% mais baratos na base de comparação anual. Apesar disso, são itens de valor de compra elevado, situação que exige aquisição a prazo, seja pelo cartão de crédito, seja pelo carnê. Caso seja pelo cartão, o cliente se beneficiará do parcelamento sem juros — ao contrário do que ocorre com os carnês, que contam com financiamento com juros. Por fim, os supermercados devem crescer 1% em relação a maio de 2022. Pode parecer um porcentual pequeno, mas o faturamento atual está nos maiores níveis da série. Além dos presentes, é habitual que as famílias se reúnam em casa ou marquem encontro num restaurante. Assim, de forma direta ou indireta, haverá demanda maior por alimentos e bebidas. Para esse cenário positivo, deve-se pensar nas melhores condições das famílias. Tanto que o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), da FecomercioSP, subiu mais de 30% em um ano, apontando a recuperação no emprego, na renda e no consumo. Diante da inflação mais amena em setores como o de alimentos, há espaço para um ganho de poder de compra em outros segmentos, como os requeridos para o Dia das Mães. Além disso, o mercado de trabalho aquecido recompõe a renda das famílias e permite que o consumidor tenha um acesso mais facilitado ao crédito. De acordo com a Entidade, o comércio vive um bom momento frente à melhora das condições econômicas da população do Estado. O crescimento estimado de 3% deve confirmar a tendência positiva no setor, contribuindo, sobretudo, para o aumento das contratações. foto: Freepik

Em debate na Câmara, FecomercioSP defende criação de Poupatempo digital que unifique serviços públicos às empresas e simplifique obrigações acessórias

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) participou, na última terça-feira (9), de audiência pública na Câmara dos Deputados para debater alternativas digitais de tributação e desburocratização da administração pública. A reunião foi importante para apresentar, ao Grupo de Trabalho (GT) de Digitalização e Desburocratização da Câmara, as demandas da Federação e das empresas que integram os conselhos, como a criação de um sistema que unifique e digitalize os serviços voltados aos negócios e automatize as obrigações acessórias. Andriei Gutierrez, coordenador do Conselho de Economia Digital e Inovação da FecomercioSP, que participou da audiência pública, ponderou que os avanços que vêm ocorrendo na plataforma Gov.BR podem servir de modelo para que algo similar ocorra com os serviços públicos voltados exclusivamente às empresas, sobretudo no âmbito federal, de forma que se tenha adesão dos Estados e municípios. “Pensar, sobretudo, em como esses serviços possam ser integrados para reduzir a burocracia em plataformas públicas que atendam aos negócios: emissões de certidões e certificados, autenticação de documentos, assinatura eletrônica etc. Por que não fazer, eventualmente, um Poupatempo digital do Empreendedor para facilitar o dia a dia do empresariado brasileiro, facilitando a vida de  quem de gera renda, emprego e riqueza ao País?”, questionou Gutierrez. O deputado federal Julio Lopes (PP/RJ), relator do referido GT, sinalizou que a proposta é muito oportuna e que poderia avançar dentro do próprio Congresso, sem ter que necessariamente depender de iniciativa do governo federal. “Esta pode ser uma iniciativa público-privada, e poderíamos propor algo aqui [no grupo de trabalho] para que isso possa avançar rapidamente. Essa ideia faz muito sentido, e talvez os setores público e privado consigam encontrar maneiras de que a parceria seja eficiente e inovadora.” A ideia também foi bem recebida por representantes das outras entidades presentes. No mesmo sentido, Gutierrez defendeu a digitalização dos documentos fiscais e das obrigações acessórias para a entrega de mercadorias, bem como adequação da infraestrutura tecnológica nos postos fiscais para dar agilidade aos processos. Várias ações desse sentido já foram postas em prática pelo Poder Público, sobretudo ao e-commerce, com a atuação da FecomercioSP e das empresas por uma logística mais simples. Algumas conquistas já foram alcançadas, como o Danfe Simplificado Etiqueta e as dispensas das impressões do Documento Auxiliar de Conhecimento de Transporte (Dact-e) e do Documento Auxiliar de Manifesto de Documento Fiscais Eletrônicos (DAMDF-e) — que, agora, podem ser digitais.   O coordenador do Conselho de Economia Digital e Inovação ainda entregou ao deputado Julio Lopes a Agenda de Economia Digital e Desburocratização, elaborada pela FecomercioSP a partir de demandas empresariais, material voltado ao Congresso e ao Executivo que aponta os caminhos para a criação de um projeto nacional estruturante capaz de fortalecer os setores que consolidarão a economia brasileira nas próximas décadas. Nas imagens: deputado Julio Lopes, relator do GT de Digitalização e Desburocratização da Câmara dos Deputados, recebendo a Agenda do Cedi, com projetos e medidas prioritários para o setor de varejo e serviços digitais, diretamente das mãos de Andriei Gutierrez, coordenador do Conselho de Economia Digital e Inovação da FecomercioSP Mais opções para prestação de serviços públicos às empresas Gutierrez também comentou que muitos dos serviços púbicos oferecidos pelo governo poderiam ser ofertados por plataformas já presentes no dia a dia dos cidadãos e das empresas privadas, a partir da abertura de dados do Poder Público para que o setor privado também possa gerar soluções e mais opções. “Precisamos buscar meios de facilitar isso, sempre pensando em cibersegurança, governança e tratamento seguro de dados, privacidade e auditabilidade dos serviços”, enfatizou. Assinatura eletrônica em documentos públicos Por fim, o coordenador posicionou a FecomercioSP completamente favorável ao Projeto de Lei  (PL) 483/2023, do deputado Julio Lopes, que dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização de assinatura eletrônica em documentos públicos, criando, assim, a diretriz das Informações Digitais Eletrônicas Integradas e Acessíveis (Ideia). “O Estado pode (e deve) puxar a transformação digital do País. Quando se põe a obrigatoriedade da assinatura eletrônica de documentos públicos, como pretende esse projeto, isso permite a mudança de cultura do País para a transformação digital, tanto no setor público quanto privado”, concluiu.