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Faturamento dos serviços, na capital paulista, é o maior para janeiro em 13 anos

Impulsionado pelo desempenho do turismo, o setor de serviços na cidade de São Paulo faturou R$ 55,9 bilhões em janeiro. O valor é o maior para o período desde 2010, quando se deu início à Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços na Cidade de São Paulo (PCSS), elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Apesar de o rendimento ter caído 18,6% no primeiro mês do ano, quando comparado a dezembro de 2022, o indicador é 11,3% maior em relação a janeiro do ano passado. Na comparação interanual, o valor representa um montante de R$ 5,6 bilhões superior às receitas do setor. No acumulado em 12 meses, o avanço foi de 9,4%. O turismo continua desempenhando a melhor performance entre as 13 atividades que compõem o indicador, com faturamento de R$ 1,287 bilhão. O valor é R$ 702 milhões a mais em comparação ao observado em 2022. Na comparação com dezembro, o segmento caiu 18%, mas, no acumulado de 12 meses, avançou 126,1%. Mercadologia e comunicação também continuam com boa performance: o setor cresceu 76,3% na relação interanual. O faturamento foi de R$ 2,4 bilhões a mais na mesma base comparativa. Seguindo a tendência, em comparação a dezembro, houve queda de 9,1%. Por outro lado, no acumulado de 12 meses o setor avançou 21,3%. No ano, houve alta de 21%. De acordo com a FecomercioSP, o faturamento real do setor de serviços, na cidade de São Paulo, apresenta crescimento entre a maioria das atividades. Contudo, as incertezas macroeconômicas preocupam e impactam as expectativas dos empresários, principalmente quanto ao cenário de inflação e juros elevados. Apesar disso, os índices de janeiro mostram a contínua retomada da demanda por serviços. Ao empresário do setor, a dica da Federação é manter as operações sob controle, por meio da administração do fluxo de caixa, do planejamento das finanças ou do acompanhamento de tudo o que influencia a performance econômica da empresa.

Inadimplência recua lentamente e atinge 23% das famílias paulistanas

O número de lares com contas em atraso, na cidade de São Paulo, caiu pelo quarto mês consecutivo. Em março, 23% das famílias estavam inadimplentes – em números absolutos, representa 926,2 mil famílias, uma redução de 112,5 mil em relação ao pico histórico, de novembro de 2022. O índice é tecnicamente igual ao registrado no terceiro mês do ano passado (23,1%). Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A redução da inadimplência foi impulsionada pelos lares com renda inferior a 10 salários mínimos. Para este grupo, a taxa de famílias que precisam quitar contas em atraso passou de 29,5%, em fevereiro, para 28,1%, em março – próximo do patamar registrado no mesmo período do ano passado, de 27,7%. Por outro lado, o grupo com renda mais elevada apontou estabilidade técnica na comparação mensal: 9,9%, ante os 9,8% do mês anterior. No contraponto anual, houve redução de 1,5 ponto porcentual (p.p.). Outro dado positivo para o período é a redução, entre fevereiro e março, de 9,7% para 9,4% de famílias que dizem não ter condições de pagar a dívida em atraso, mesmo índice registrado há 12 meses. Isso representa 378 mil lares cientes da não quitação do compromisso feito. De acordo com o levantamento, a inflação e os juros elevados são os grandes impeditivos de uma queda mais rápida da inadimplência. EndividamentoO índice de lares endividados passou de 74,3%, em março de 2022, para 72,7%, no mesmo período deste ano. Atualmente, são 2,94 milhões de famílias que lidam com algum tipo de dívida. Na comparação mensal, o índice ficou estável – em fevereiro o registro foi de 72,8%. A principal dívida continua sendo o cartão de crédito (83%), seguido pelos carnês (14,4%) e pelo financiamento de carro (11,6%). Segundo a FecomercioSP, a redução da inadimplência e a manutenção do endividamento, são extremamente positivos para as famílias e para os empresários. Diante dos aumentos médios da renda real e da massa de rendimentos, as famílias, de maneira gradativa, devem conseguir pagar as contas em atraso – e, consequentemente, abre-se espaço para expandir o consumo atual. Lares devem consumir maisO Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) corrobora o cenário mais favorável visto na PEIC: pelo sétimo mês consecutivo, o indicador avançou, ao apresentar altas de 33,3%, no contraponto anual, e de 1,5%, na comparação com fevereiro. Isso significa que o consumidor tem olhado para o futuro com mais otimismo. Contudo, no curto prazo, o processo de melhora será gradual e lento. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apontou forte crescimento de 21,2% em março, quando comparado ao mesmo período de 2022. Por outro lado, na relação mensal sofreu recuo de 1,1%. O desempenho negativo do mês está relacionado às expectativas quanto ao futuro do País. É importante esclarecer que o ICF observa mais o dia a dia das famílias, as condições dentro do domicílio, enquanto o ICC analisa o contexto mais macro. Frente aos números, constata-se que a situação nos lares está bem, mas, ao se analisar o Brasil como um todo, o olhar é menos otimista. Foto: Freepik

COMUNICADO: Convenção Coletiva – Engenheiros SP

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO – 2022/2023 SINCOELÉTRICO  SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULO COMUNICADO O Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos no Estado de São Paulo – SINCOELÉTRICO, comunica a celebração da Convenção Coletiva de Trabalho 2022/2023 em data de 03/04/2023, cuja íntegra se encontra disponibilizada no site da entidade (www.sincoeletrico.com.br), destacando as seguintes cláusulas: 1ª. REAJUSTE SALARIAL: Os salários dos empregados que efetivamente exerçam a função de “Engenheiros”, abrangidos por esta norma coletiva, já reajustados em 01/09/21, de acordo com a categoria preponderante, serão reajustados a partir de 1º de setembro de 2022, com o percentual de 8,83% (oito vírgula oitenta e três por cento), observada a tabela proporcional constante da cláusula nominada “Reajuste Salarial dos Empregados Admitidos entre 1º de setembro/2021 até 31 de agosto/2022”: Parágrafo Primeiro – Eventuais diferenças salariais relativas aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2022 e janeiro, fevereiro e março de 2023, poderão ser pagas em até 3 (três) vezes, juntamente com os salários dos meses de competência de abril, maio e junho de 2023, permitida a compensação de quaisquer valores que tenham sido antecipados a partir de setembro/2021, observado o disposto na cláusula nominada “Compensação”. Parágrafo Segundo – O marco inicial para contagem do prazo de recolhimento dos encargos de natureza trabalhista, previdenciária e tributária incidentes sobre as diferenças salariais referidas no parágrafo segundo será a data de pagamento destas. Parágrafo Terceiro – Nas rescisões de contrato de trabalho, tanto as que ocorrerem a partir da data de assinatura da presente Convenção, quanto aquelas já processadas a partir de 1º de setembro de 2022, considerando-se, inclusive, a hipótese de projeção do aviso prévio, as diferenças salariais a que se refere o parágrafo primeiro deverão ser pagas de uma única vez, compondo a base de cálculo das verbas rescisórias, devendo a empresa comunicar o empregado no prazo máximo de até 10 (dez) dias, contados da assinatura desta norma ou da rescisão feita a partir desta data, para comparecer na empresa a fim de receber as diferenças rescisórias. Parágrafo Quarto – O salário reajustado não poderá ser inferior ao salário do paradigma ou, inexistindo este, ao piso salarial da função correspondente, conforme previsto na cláusula nominada “Salário Normativo”. 4ª. SALÁRIO NORMATIVO:Aos empregados Engenheiros abrangidos por esta Convenção ficam garantidos, a partir de 1º de setembro de 2022, os seguintes salários normativos: Acesse a CCT em: CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO – 2022/2023 DIRETORIA Foto: Freepik

Confiança do consumidor sobe 2,5 pontos em março

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 2,5 pontos na passagem de fevereiro para março deste ano. Com a alta, que veio depois de duas quedas consecutivas, o indicador atingiu 87 pontos, em uma escala de 0 a 200. A alta foi puxada pela melhora das avaliações dos consumidores em relação tanto ao presente quanto ao futuro. O Índice da Situação Atual, que mede a confiança no presente, subiu 2,7 pontos e chegou a 72 pontos, melhor resultado desde outubro do ano passado. O Índice de Expectativas, que avalia a confiança dos consumidores no futuro, avançou 2,2 pontos e atingiu 98 pontos. Entre as quatro faixas de renda avaliadas pelo estudo, a maior confiança foi observada nas famílias com renda familiar abaixo de R$ 2.100,00 (4%). As demais faixas de renda são: de R$ 2.100,00 a R$ 4.800,00, de R$ 4.800,01 a R$ 9.600,00 e acima de R$ 9.600,00. fonte: EBC Agência de Notícias foto: Freepik

Presidente da CNC é convidado por Lula para participar do Conselhão

O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, foi convidado pelo presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, para integrar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável), também conhecido como “Conselhão”. A CNC participará da primeira reunião plenária, marcada para a manhã de 13 de abril, na Presidência da República. O Colegiado foi reeditado em decreto publicado no Diário Oficial da União da última sexta-feira, 24. Entre as atribuições, o Conselhão tem o objetivo de “assessorar o presidente da República na formulação de políticas e diretrizes destinadas ao desenvolvimento econômico social sustentável e elaborar indicações normativas, propostas políticas e acordos de procedimento; apreciar propostas de políticas públicas, de reformas estruturais e de desenvolvimento econômico social sustentável que lhe sejam submetidas pelo presidente da República, com vistas à articulação das relações do governo federal com os representantes da sociedade civil e ao diálogo entre os diversos setores nele representados e articular e mobilizar agentes dos setores econômicos e da sociedade civil para o engajamento em projetos e ações relacionados com o desenvolvimento econômico social sustentável”. Lula preside o Conselho e o vice-presidente é Geraldo Alckmin. Também integram o colegiado o ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e lideranças reconhecidas da sociedade, designados pelo presidente da República para um período de até dois anos, podendo ser reconduzidos. Os conselheiros devem ser, conforme firmado expressamente no decreto presidencial, lideranças com experiência nos temas de interesse do Conselho ou que sejam dirigentes em organizações sindicais, movimentos sociais ou organizações da sociedade civil ou do setor privado. foto: CNC

Índice de Confiança do Empresário do Comércio é o menor em 20 meses

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) encerrou o primeiro trimestre de 2023 no menor nível desde julho de 2021, atingindo 112,34 pontos em março, redução mensal de 1,6%, descontados os efeitos sazonais. Essa foi a quarta queda consecutiva do índice, apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Entre os indicadores, o destaque do mês foi, novamente, a queda de 7,6% da avaliação das condições atuais, a mais intensa retração desde julho de 2020, ainda no início da pandemia de covid-19. Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, embora a atividade econômica e as vendas no varejo tenham desacelerado, os comerciantes estão enfrentando os desafios com resiliência. “A inflação tem sido um fator persistente, assim como algumas incertezas e turbulências no mercado de crédito, exigindo que as empresas do setor real empreendam esforços para superar esses obstáculos nos próximos meses”, afirma Tadros. Avaliação da maioria é que a economia piorou Entre os varejistas, 58,1% consideram que o desempenho da economia está pior do que no mesmo período do ano passado. Por conta disso, a queda do índice de avaliação das condições econômicas atuais superou os dois dígitos na variação mensal, -16,1%. O indicador intensificou-se na zona de insatisfação, na casa dos 81,8 pontos. Na comparação anual, a queda mais intensa se deu na avaliação das condições do comércio (-6,9%), com o indicador também abaixo da zona de satisfação (93,8 pontos). Com a inflação fora da meta e os juros elevados, 51% dos comerciantes estão frustrados em relação às condições para operação e ao volume de vendas. “Essa proporção vem crescendo desde novembro do ano passado e passou a representar a maioria dos entrevistados em março”, aponta a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira. Grandes varejistas estão menos confiantes Em março, a confiança dos comerciantes caiu mais entre o grupo de empresas de grande porte, 3,7%, mas segue na zona de otimismo, com 117,7 pontos. “A crise no crédito tem afetado o grande varejo nos últimos meses, com menor disponibilidade de recursos e juros altos. Esse contexto influencia negativamente a confiança dos agentes e do mercado no setor e nas empresas que operam em diferentes segmentos do varejo”, explica a economista da CNC. Os tomadores de decisão das empresas com mais de 50 funcionários são também os que apontam maior queda da pretensão de investir nos negócios em março, com redução de 2,1%, bem como da intenção de contratar novos talentos, indicador que teve queda de 4,1%. Todos os segmentos devem reduzir investimentos Segundo Izis Ferreira, a piora na avaliação das condições presentes e nas expectativas para o curto prazo está levando os comerciantes a redimensionar os planos de investimento. O indicador que mede as intenções de investimento atingiu 101,5 pontos, o menor patamar em 20 meses. “Os juros altos alavancaram os negócios, e o grande varejo segue em alerta para uma crise de crédito no setor”, ressalta a economista. O Icec apontou que a disposição de investir no capital físico e na expansão dos negócios é a menor em 18 meses; 49,9% dos tomadores de decisão afirmaram, inclusive, que reduzirão esses investimentos, independentemente do segmento. Alimentos e bebidas mais caros desanimam A intenção de investir dos varejistas de supermercados, farmácias e cosméticos apresentou redução mais intensa do que os demais comerciantes em março, na ordem de 4,2%. “Eles não vislumbram melhora adicional significativa da inflação neste ano, que tem desacelerado, mas os preços de alimentos e bebidas em geral ainda acumulam altas próximas de dois dígitos”, pontua Izis Ferreira. Esse grupo de produtos, inclusive, sofre com reajustes acima da média geral, especialmente por conta de questões climáticas que afetaram as plantações, bem como pela alta dos preços dos combustíveis que reverberou nos preços de fretes e embalagens. Esse grupo de comerciantes é o que aponta a menor intenção de renovar estoques, indicador que teve queda de 1,6% e chegou à casa de 84,8 pontos, na zona pessimista. De acordo com a economista, as pressões persistentes nos preços também incomodam o varejo de saúde e cuidados pessoais, que não tem conseguido repassar ao consumidor final parte desse aumento dos custos, reduzindo ainda mais as margens de lucro. Acesse a análise completa, gráficos e a série do Icec (12 meses) Foto: Freepik

CNC realiza workshop para atualizar discussões sobre legislação trabalhista e negociações coletivas

Atualizar o debate sobre as maneiras pelas quais é possível aperfeiçoar as negociações coletivas e aprimorar o trabalho dos negociadores sindicais foi o objetivo do workshop “As recentes alterações trabalhistas e as negociações coletivas”, promovido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por meio de sua Comissão de Negociação Coletiva do Comércio (CNCC), no dia 21 de março. O evento, que aconteceu de forma presencial e on-line, foi realizado na sede da Confederação, no Rio de Janeiro, reunindo mais de 500 participantes e transmitido pelo canal CNC Play, no YouTube. Na abertura do evento, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, observou que a CNCC tem como princípios institucionais a promoção do intercâmbio de informações e a adoção de ações para o aperfeiçoamento dos processos de negociações coletivas. “Precisamos fortalecer constantemente as negociações coletivas no âmbito do comércio de bens, serviços e turismo para mitigar os efeitos que esses trâmites impõem aos empresários”, afirmou Tadros. A palestra de abertura ficou a cargo do professor, sociólogo e consultor da CNC para Relações do Trabalho, José Pastore, que traçou um panorama do cenário político e econômico, afirmando que esses dois quadros são determinantes nas relações trabalhistas. “As negociações coletivas constituem uma atividade muito importante no âmbito laboral. Como estamos com um novo governo e novos cenários econômicos, a área de negociação é sempre chamada a progredir nas suas técnicas e modos de levar em conta todos os processos. Daí a importância dessa iniciativa da CNC”, disse. Em seguida, o deputado federal (PL-SP) e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), Luiz Carlos Motta, ressaltou que a entidade tem o compromisso, em parceria com a CNC, de defesa da autorregulação do sistema sindical e aprimoramento das negociações e das soluções de conflitos. “O fortalecimento das negociações é fundamental para a garantia dos direitos dos trabalhadores e para o arrefecimento de possíveis conflitos referentes às relações do trabalho. Temos pontos convergentes com a CNC, como a defesa do princípio da unicidade sindical e a adoção de mecanismos de autocomposição para o alcance de resolução de possíveis conflitos”, disse Luiz Carlos Motta. STF e o trabalho A segunda parte da manhã foi dedicada a examinar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema e a resolução de impasses por meio das negociações coletivas, sem que seja necessária a intervenção judicial. Sobre a abordagem do STF em relação à reforma trabalhista, palestrou o juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região Rodrigo Dias, com mediação do diretor Jurídico e Sindical (DJS) da CNC, Alain MacGregor. Um dos principais assuntos foi o Tema 1046 do STF, que fixou a tese de que “são constitucionais os acordos e as convenções coletivos que, ao considerarem a adequação setorial negociada, pactuam limitações ou afastamentos de direitos trabalhistas, independentemente da explicitação especificada de vantagens compensatórias, desde que respeitados os direitos absolutamente indisponíveis”. A determinação de quais são os direitos absolutamente indisponíveis é o problema, segundo o juiz. “A lei não é unívoca, mas, quando o STF analisa algum tema, esperamos que seja claro o definido, mas às vezes não é”, argumentou. Ele destacou que os direitos inegociáveis estão no artigo 611-B da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “O problema é que, quando chega ao Judiciário, há decisões divergentes”, avaliou Dias. Resolução de impasses por meio de negociações coletivas Em seguida, foi a vez da presidente do Sindicato das Sociedades de Advogados dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro (Sinsa), Gisela Freire, falar sobre a importância do diálogo para evitar a judicialização das demandas. Com mediação do presidente da CNCC e vice-presidente da Fecomércio-SP, Ivo Dall’Acqua Junior, a palestra enfatizou a necessidade da construção de consensos. “A negociação coletiva é para evitar e pacificar conflitos; 90% das greves no setor privado são resolvidas sem o Poder Judiciário, e isso permite que as partes cheguem a benefícios mais amplos, dependendo dos setores e das empresas que negociam”, afirmou Freire. Ela utilizou, como exemplo, os acordos com senso de coletividade realizados durante a pandemia de covid-19: “a negociação coletiva é uma ferramenta poderosíssima”. Modificações do teletrabalho e políticas para mulheres A primeira palestra da tarde ficou por conta da ex-desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1) e professora da Unigranrio Vólia Bomfim, com mediação da advogada da DJS da CNC, Luciana Diniz. Uma das questões debatidas foi a dificuldade de determinação de como e para qual tipo de trabalhador devem ser pagos adicionais durante regimes de teletrabalho e trabalho híbrido. “Uma boa saída é sempre utilizar o princípio do negociado sobre o legislado”, defendeu Bomfim. Já em relação ao Programa Mais Mulheres, lançado no ano passado, a professora detalhou os pontos em que são alteradas as legislações da CLT e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). A lei que implementou o programa prevê a obrigatoriedade de prestar curso para todos os empregados contra o preconceito em todas as esferas – racial, de gênero, religioso, entre outros – como parte da política da CIPA de prevenção ao assédio moral e sexual e discriminação. O programa também obriga a criação de espaço para amamentação em empresas com mais de 30 empregadas e a possibilidade de reembolso-creche. “Nesse caso, as negociações coletivas podem estabelecer a melhor forma de regulamentar como esse auxílio pode ser implantado”, indicou. Exemplos de demandas e negociações A segunda parte da tarde trouxe exemplos de situações que podem ser replicadas ou têm alcance prático nacional. O diretor de Recursos Humanos do Grupo Magazine Luiza, Romeo Romulo Ruggiero, apresentou diversas situações vivenciadas pela empresa que podem servir de exemplo especialmente para pequenas e médias empresas em negociações coletivas. Por sua vez, o assessor da Presidência da Fecomércio-GO, Roberto Borges, apresentou práticas implementadas pela entidade nas negociações coletivas em Goiás, principalmente, em apoio a sindicatos patronais que não têm assessoria jurídica. “Faz parte do trabalho unir empregador e empregado para buscar situações de acordo, baseado no respeito mútuo”, ressaltou. Após a reforma trabalhista aprovada em 2017, a Fecomércio Goiás

eSocial: login por código de acesso será descontinuado definitivamente em abril

A partir do próximo sábado, dia 1º de abril, o acesso ao Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, mais conhecido como eSocial, terá uma grande mudança. O login por código de acesso será definitivamente suspenso na data, finalizando o ciclo de descontinuação iniciado em dezembro do ano passado. O acesso nos módulos eSocial web passará a ser realizado por meio do gov.br, níveis ouro ou prata. A obrigatoriedade da conta no gov.br está ganhando mais um desdobramento no país, já que a proposta do governo é unificar o acesso de diversos serviços públicos com este login. A partir de abril, admissões e desligamentos, eventos trabalhistas (férias, alterações contratuais e cadastrais, afastamentos) e folhas de pagamento deverão ser inseridas no eSocial utilizando essa nova forma de acesso. Portanto, para continuar em dia com as obrigações do eSocial, os usuários devem atualizar suas contas o mais rápido possível, evitando a impossibilidade de acesso. Apesar de parecer uma mudança abrupta, para permitir melhor adaptação por parte dos usuários, a retirada do código de acesso aconteceu em fases. Confira como foi feito o descontinuamento: 1º passo: no dia 12 de dezembro de 2022 o login gov.br nível bronze passou a não ser mais aceito para os módulos web do eSocial. O login passou a ser feito exclusivamente por gov.br, níveis ouro ou prata, ou por código de acesso e senha; 2º passo: em 19 de dezembro de 2022 passou a ser exigido login por gov.br níveis ouro e prata para que sejam informadas admissões e desligamentos; 3º passo: no dia 13 de fevereiro deste ano o login por gov.br ouro e prata foi exigido para que sejam informados todos os eventos trabalhistas (admissões, desligamentos, férias, afastamentos, alterações contratuais e cadastrais); 4º passo: em abril/2023, o código de acesso será descontinuado definitivamente. Fonte: Portal Contábeis Foto: Freepik

Por medo, comerciantes fecham estabelecimentos na Cracolândia, em SP

Há cerca de dez meses os usuários da Cracolândia, na região central de São Paulo, se espalharam por várias ruas dos bairros locais depois de uma ação policial organizada pela prefeitura e o governo estadual que esvaziou a praça Princesa Isabel, próxima à estação Júlio Prestes, onde costumavam ficar. Desde então, os usuários estão em vias como a rua Guaianases, onde ficava situada a loja de motos de Marco Silva, há cerca de trinta anos. À CNN ele contou que teve que fechar as portas do seu comércio e mudar o endereço da loja. Marco relata que os usuários ocupam as ruas durante todo o dia e por muitas vezes fazem suas necessidades fisiológicas na porta do comércio. Com isso, a região começou a ficar perigosa, com alto número de roubos. A soma de todos esses fatores acabou expulsando os clientes, “não tinha uma alma viva”, disse. Para além do comércio, ele afirma que a situação influenciou também a vida dos moradores do local, que acabaram deixando a região. “Existem prédios inteiros vazios”, conta. Marco revela que conhece mais de dez comerciantes que tiveram que deixar o local por conta da situação com os usuários. O relato dele em muito se assimila ao de Julio Cesar, dono de uma oficina especializada em motos Harley-Davidson, que também saiu da localidade. “A Cracolândia me quebrou”, explicou. Hoje, sua loja fica situada no bairro do Ipiranga, na zona sul da capital. A oficina de Júlio ficava na rua dos Gusmões, próximo da estação da Luz, também há 30 anos. Ele se mudou para a avenida Doutor Ricardo Jafet. “A situação começou a ficar insustentável lá no centro”, cita. A CNN entrou em contato com a Imobiliária Mark IN, que administra três condomínios na região da Cracolândia. A empresa confirmou que há cerca de um ano a procura por imóveis residenciais diminuiu na região. Outros quatro comerciantes relataram a mesma condição. A situação ficou insustentável, os clientes não apareciam e tiveram que fechar as suas portas. Alguns mudaram de endereço, outros fecharam definitivamente. Como é o caso de um dos restaurantes mais antigos da região, o Láfarina, que está fechando suas portas. Em contato com a CNN, o Governo de São Paulo explicou que vem implantando uma nova dinâmica de acolhimento, acompanhamento e atendimento dos dependentes químicos da região central da capital. “Desde o começo do ano, as polícias Civil e Militar desenvolvem ações na região para combater o tráfico de drogas e crimes em geral. O monitoramento do local é constante para identificar e mapear os pontos do ‘fluxo’ e principalmente os integrantes.” Além disso, a gestão pontua que as adaptações do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) começaram, com previsão de entrega para o começo de abril. A Subprefeitura da Sé foi procurada pela reportagem, mas ainda não respondeu aos questionamentos. Fonte: CNN Foto: Freepik

FecomercioSP discute a transformação digital no mercado de trabalho e capacitação profissional

Com o objetivo de abordar a importância da capacitação e da qualificação profissionais para as mudanças digitais do mercado de trabalho, os conselhos de Emprego e Relações do Trabalho (CERT) e de Economia Digital e Inovação (CEDI), ambos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizam, no dia 24 de março, o evento O Trabalho do Presente e do Futuro – Capacitação em Tecnologias Digitais, com foco nos pequenos e médios negócios. O encontro trará lições e exemplos práticos possíveis de serem implementados em diferentes setores. O evento, gratuito e aberto ao público, será transmitido via Zoom a partir das 9h, com painéis presenciais para convidados na sede da FecomercioSP. Interessados podem fazer as inscrições pelo link Uallace Moreira Lima, secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); José Pastore, presidente do CERT; Ivo Dall’Acqua Júnior, vice-presidente da Federação; Andriei Gutierrez, coordenador do CEDI; Anna Beatriz Waehneldt, diretora de Educação Profissional do Departamento Nacional do Senac; e Emilena Lorenzon, vice-diretora superintendente do Centro Paula Souza são alguns dos participantes. Na ocasião, os especialistas convidados explicarão como os novos comportamentos e as tendências devem impactar a tomada de decisão e as empresas. Andriei Gutierrez e Felipe Prado, especialista em cibersegurança, falarão sobre a transformação digital e os desafios para a qualificação, em uma provocação inicial aos participantes. Em seguida, os painéis abordarão os seguintes temas: “Desafios e melhores práticas do setor privado: novas competência digitais no mundo profissional”; “O que tem sido feito pelo ensino profissionalizante?”; e “Políticas públicas voltadas para capacitação por meio da aquisição de competências digitais”. Além de Prado, os temas serão debatidos por Critiano Kruel, Chief Innovation Officer (CIO) da StarSe; Silvia Bassi, publisher da The Shift; Guilherme Mercês, diretor de Economia e Inovação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC); e Sérgio Sgobbi, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Brasscom. Foto: Freepik