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Mercado de trabalho: emprego paulista cresce no primeiro semestre

O saldo de empregos do setor de Serviços obteve alta de 27% no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados da Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP), elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O levantamento, baseado nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), aponta que, na primeira metade do ano, houve a criação de quase 211 mil novos postos de trabalho contra cerca de 166,2 mil, observados no mesmo período de 2023. No Comércio, os dados também indicam um fortalecimento da empregabilidade, com a criação de 21,5 mil novos empregos, durante o período. O resultado representa um crescimento de 573% em relação ao saldo dos primeiros seis meses do ano passado, registrando os melhores números desde 2021, quando 40,2 mil vagas haviam sido criadas no acumulado do primeiro semestre. De acordo com a FecomercioSP, o resultado semestral de ambos os setores é uma resposta consonante do mercado de trabalho ao próprio desempenho da economia brasileira, que, neste ano, se expandirá mais do que o estimado. Como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional provém, principalmente, do consumo das famílias, seria natural que os segmentos mais próximos do consumidor final apresentassem resultados positivos, inclusive no crescimento da empregabilidade formal. As atividades administrativas e complementares, responsáveis pela geração de 55.489 novos empregos, foram os principais impulsionadores do resultado geral no setor de Serviços [tabela 1], na primeira metade do ano. Em segundo lugar, ficaram os serviços de saúde humana e sociais (34.269), seguidos pelos serviços de transporte, armazenagem e correio (31.233). Em cada um, respectivamente, destacaram-se as atividades de limpeza (14.233), atendimento hospitalar (13.525) e transporte rodoviário de carga (16.885). Na capital paulista, foram criados 76,3 mil postos de trabalho no período. Já no Comércio, a divisão de maior destaque foi a atacadista, com 12,5 mil novas vagas, impactada especialmente pelo segmento hortifrutigranjeiro (1.178). Além disso, tanto o comércio varejista (1.170), quanto o comércio e a reparação de veículos (7.895) fecharam a primeira metade do ano no positivo. Na cidade de São Paulo, foram registradas 6 mil novas vagas durante o semestre. Resultados de junho No sexto mês do ano, os saldos de empregos em ambos os setores mostraram altas consideráveis — o Comércio, com elevação de 77,5% em relação ao mesmo período de 2023, e os Serviços, com aumento de 30,3%, em comparação a junho do ano passado. O primeiro foi responsável pela geração de quase 9 mil empregos, enquanto o segundo criou 25 mil novas vagas. De acordo com a pesquisa, o Comércio obteve mais resultados nos segmentos de mercadorias de consumo não adiável: quase metade do saldo mensal da divisão varejista proveio dos hipermercados e supermercados. Já no setor de Serviços, houve evolução em praticamente todos os grupos, assim como se observa no acumulado do primeiro semestre. Segundo a FecomercioSP, os números de junho destacam um retorno do ritmo mais aquecido da criação de emprego, sendo uma resposta natural do mercado de trabalho a uma conjuntura mais favorável que a prevista anteriormente — puxada, de forma preponderante, pelo consumo das famílias. Fonte: FecomercioSP`Foto: TV Câmara

Falta reformar o Estado

impactos socioeconômicos (Arte: TUTU) Por Abram Szajman* Mudanças estruturais de impacto socioeconômico, como a recente Reforma Tributária, exigem consenso técnico e vontade política para acontecer no Brasil. Quando isso ocorre, os Poderes encontram alternativas viáveis ao País. Não foram poucos os avanços institucionais do Estado desde a Constituição de 1988 — ainda que o quadro atual da Nação possa dar uma impressão contrária. O mesmo ímpeto, no entanto, não ocorreu, desde então, para levar adiante uma ampla Reforma Administrativa, com foco em melhores serviços providos por um Estado coeso em tamanho e eficiência.  Mais do que isso, os gastos públicos subiram de aproximadamente 25% para mais de 40% do Produto Interno Bruto (PIB), se consideradas as despesas com juros. Um aumento desmedido de carga tributária de 25% para 35% do PIB nos últimos 40 anos. O pior é que esse aumento não refletiu na melhora dos serviços públicos, prestados substancialmente às classes de baixa renda. Apesar dos sistemas de saúde e educação universalizados, as longas filas de espera nos hospitais e o desempenho insatisfatório dos estudantes nos rankings educacionais exemplificam as carências desses serviços. Isso sem falar na crescente onda de violência e insegurança pública.  Por razões econômicas e sociais, é passada a hora de uma Reforma Administrativa. Não se trata de retirada de direitos, mas de reformulação de carreiras, flexibilização de contratos e estabelecimento de novos critérios para a progressão, dispositivos em discussão na PEC 32, estacionada na Câmara dos Deputados. Diante de um orçamento cada vez mais limitado financeiramente e abocanhando pelas trocas com o Legislativo, além de demandas sociais crescentes, a revisão dos gastos com pessoal é urgente. O Brasil não despende pouco com a folha de salários: 13,5% do PIB, porcentual acima dos 9,3%, em média, dos países da OCDE, por exemplo. Essa diferença seria mais bem utilizada se aplicada em infraestrutura, saneamento ou mobilidade.  Uma Reforma Administrativa com foco em produtividade contribuiria não só para a formulação de políticas públicas mais eficazes, mas também para a melhoria da confiança da sociedade nas instituições governamentais. Nenhum cidadão aprova um administrador que eleva despesas continuamente sem medir a qualidade do que produz. Em suma, reformar a administração do Estado significa transformá-lo em um instrumento em favor da sociedade, e não um sócio indesejado para produzir, consumir e viver.  * Abram Szajman é presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) Artigo originalmente publicado no jornal O Estado de S.Paulo em 14 de agosto de 2024.

Famílias paulistanas estão um pouco mais otimistas, mas ainda cautelosas no consumo

Embora o otimismo das famílias paulistanas esteja subindo lentamente nos últimos meses, ainda estão bastante cautelosas com relação ao consumo. É o que revelam o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) e a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), ambas pesquisas realizadas mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). De um lado, o ICC de julho [gráfico 1] mostra um crescimento de 2,7% em comparação ao mesmo mês do ano passado, com uma variação mais tímida (0,6%) em relação a junho. Para a Federação, os números indicam uma melhoria relativa na confiança dos consumidores, muito por causa do ritmo do mercado de trabalho, que impacta as condições de renda. Por outro lado, o ICF, que mede a tendência das famílias a consumir no curto e no médio prazos, caiu pelo quinto mês seguido, alcançando 106,8 pontos. Em junho, eram 107,4 pontos. De fevereiro para cá, a retração já é de 7,5. O fenômeno sugere que, apesar do aumento na confiança, os paulistanos permanecem cautelosos quanto aos seus gastos, muito em decorrência das preocupações com a inflação e a alta do dólar. Confiança tímida Os dois indicadores que compõem o ICC obtiveram altas em julho: o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que mensura o contexto das famílias, subiu 1,1%. Em comparação ao mesmo mês de 2023, a elevação já é de 13,3%. O Índice de Expectativas dos Consumidores (IEC), por sua vez, permaneceu mais estável (0,2%), com queda na comparação anual (-2,7%). Há diferenças também no recorte de renda. Consumidores dos estratos acima de dez salários mínimos estão mais otimistas — para eles, o ICC já subiu 6,5% em relação ao ano passado. No entanto, aqueles com renda inferior a dez salários mínimos não parecem tão empolgados com o momento: a pontuação desse grupo cresceu apenas 1,2% no mesmo período. Na visão da FecomercioSP, esses dados mostram uma percepção de melhorias nas condições econômicas atuais, ainda que isso não se traduza necessariamente em mais disposição para as compras. Consumo cauteloso Em compensação, a intenção das famílias de consumir segue caindo vertiginosamente desde o início do ano, em especial nas faixas mais pobres da população. De acordo com a Entidade, isso é reflexo, principalmente, da ameaça de uma inflação mais alta. Nos últimos 12 meses terminados em junho, a elevação do IPCA já é de 4,23%. Não é à toa que cinco dos sete indicadores que contemplam o ICF caíram em julho, na comparação mensal. A retração mais brusca foi observada no Nível de Consumo Atual, que ressecou 2,3%, assim como as Perspectivas de Consumo (-1,5%). Ainda assim, muitas das variáveis cresceram com bases altas em relação ao mesmo mês do ano passado. São os casos do mesmo Nível de Consumo Atual (16,4%) e do Momento para Duráveis (16,1%). Trata-se de números que indicam uma maior inclinação para consumir agora do que naquele período, graças às mudanças que a economia do País experimentou desde então — o próprio ICF subiu na comparação anual (2,8%), chegando aos 106,8 pontos. Os dados revelam uma certa oportunidade para o empresariado, já que muitos consumidores estão inclinados a gastar em serviços, além das necessidades básicas. Contudo, é fundamental ajustar as previsões de vendas frente a esse cenário, marcado por confiança ainda tímida, mas em alta, e intenção de consumo mais comedida. Foto: Freepik

Entidades declaram urgência na aprovação da Reforma Tributária

Na avaliação do Sebrae, da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas e do Ministério do Empreendedorismo, a Reforma Tributária é um marco regulatório na economia dos pequenos negócios. Com esta afirmativa, as entidades declaram urgência na conclusão da aprovação da Reforma, que volta à pauta com a reabertura dos trabalhos do Congresso Nacional. Este foi o resultado do encontro, nesta terça-feira (13), em Brasília, durante o lançamento da Agenda Legislativa dos pequenos negócios para 2024 e 2025. “Essa pauta apresentada aqui para a Frente Parlamentar é, na verdade, a pauta que irá produzir o impulsionamento da atividade no Congresso Nacional. É uma pauta que chama à responsabilidade de não termos retrocesso, seja na Lei que instituiu o Supersimples, que estabeleceu como marco regulatório a criação de um outro segmento que são os MEIs e que representam hoje, só no campo formal, 15 milhões de brasileiros e brasileiras. Os pequenos negócios representam o setor que inclusive está respondendo nessa conta recente de 24 milhões de brasileiros que saíram do Mapa da Fome e da Miséria”, afirmou o presidente do Sebrae, Décio Lima. “Independentemente da conformação partidária, nos somamos numa única musculatura para defender esse interesse difuso da sociedade brasileira, que são os micro e pequenos empreendedores. São aqueles que estão respondendo por um Brasil justo, inclusivo, sem fome, sem miséria, com empregabilidade e com garantia de uma efetiva distribuição da riqueza”, completou. Décio Lima voltou a destacar a revolução que a Reforma Tributária possibilitará na vida dos brasileiros, especialmente os donos dos pequenos negócios, e por isso salientou a necessidade do empenho dos parlamentares na sua aprovação. “Ela vem ao encontro de uma economia globalizada, sustentável, que vem acompanhada da Inteligência Artificial e da inovação que impactam diretamente nos pequenos negócios. A Reforma nos traz a certeza da implementação de processos justos para os pequenos e para os mais pobres”, avaliou. Durante o evento, o deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos/PE) tomou posse como presidente da Frente Parlamentar Mista, que é composta por mais de 180 deputados federais e 23 senadores. “Essa Frente produz aquilo que é fundamental, um estado social, protetivo, para que a economia dos pequenos, que são a grande maioria da economia brasileira, possa enfrentar todos os dias a natural voracidade de um mercado econômico feito para acumulação da riqueza”, afirmou Coutinho. O deputado Helder Salomão (PT/ES) esteve como presidente da Frente por um ano. Na ocasião, reforçou o papel estratégico dos pequenos negócios. “O nosso esforço representa mais emprego, mais desenvolvimento, mais inclusão, distribuição de renda e emprego para a nossa gente. Essa agenda não é somente dos parlamentares. É uma pauta de todos aqueles que promovem o desenvolvimento nacional e o apoio aos pequenos negócios”, afirmou. Por fim, o secretário executivo do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Tadeu Alencar, destacou a importância do trabalho conjunto, como ocorreu em ações como o programa Acredita. “Com o Desenrola Pequenos Negócios já estamos atingindo quase R$ 3 bilhões em renegociações e mais de 5 mil empresas já acessaram o Procred 360, com um volume de R$ 140 milhões”, contou o secretário. Aliado a estas ações do programa Acredita, o Sebrae tem atuado, por meio do Fundo de Aval para Micro e Pequena Empresa (Fampe), gerenciado pela entidade, junto a 29 instituições bancárias que estão aptas a ofertar os recursos que foram possibilitados com o aporte de R$ 2 bilhões e que vão viabilizar R$ 30 bilhões em crédito nos próximos três anos. Foto: Freepik

Nova portaria do MTE promove agilidade e transparência nos processos sindicais

Em uma iniciativa para otimizar o relacionamento com as entidades sindicais, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) anunciou, na última sexta-feira (9), a publicação da Portaria nº 1.342/2024 no Diário Oficial da União (DOU). A nova regulamentação traz mudanças que visam a simplificação e a aceleração dos processos de registro e atualização de informações das direções sindicais, tanto para trabalhadores quanto para empregadores. Um dos principais avanços introduzidos pela Portaria nº 1.342 é a simplificação dos requisitos documentais para a solicitação de registro sindical e a atualização de dados permanentes (SD). De agora em diante, as entidades sindicais poderão submeter uma autodeclaração de pertencimento à categoria que deverá conter apenas o nome completo, o número do CPF, e a assinatura de cada dirigente eleito. Esta mudança tem como objetivo reduzir a burocracia, tornando o processo menos oneroso e mais acessível às entidades sindicais de todo o país. Atualização antecipada de dados periódicos Outra inovação significativa diz respeito à utilização da ata de eleição das diretorias para a atualização de dados perenes no sistema Cadastro Nacional de Entidades Sindicais (CNES). Segundo Marcos Perioto, Secretário de Relações do Trabalho do MTE, como as eleições sindicais ocorrem frequentemente antes do fim dos mandatos, essa nova norma permitirá que as entidades iniciem o processo de atualização de maneira antecipada. Essa medida garante que o mandato da diretoria permaneça atualizado no CNES durante toda a sua vigência, evitando problemas de desatualização que podem prejudicar as operações sindicais. Descentralização da análise de dados e correção de processos A partir de 1º de setembro de 2024, a análise das solicitações de atualização de dados perenes (SD) será descentralizada, passando a ser realizada pela Superintendência do Trabalho (SRTE) da unidade federativa onde a entidade sindical está sediada. Para isso, as entidades devem encaminhar a documentação necessária à Seção de Relações do Trabalho (SERET) da respectiva SRTE via sistema SEI/MTE. Além disso, a Portaria permite o saneamento de solicitações que apresentem irregularidades ou insuficiências documentais, ou em casos de discrepâncias entre os documentos enviados e o requerimento eletrônico. Esta possibilidade de correção visa reduzir o número de indeferimentos e evitar que os processos voltem para o final da fila de tramitação, acelerando assim a resolução das pendências. Mediação de conflitos sindicais Por fim, a Portaria nº 1.342/2024 estabelece um prazo específico para que sindicatos envolvidos em disputas de representação possam solicitar mediação junto à Secretaria de Relações do Trabalho (SRT). As entidades terão até 60 dias, contados a partir da apresentação do conflito, para solicitar a mediação através do sistema SEI/MTE, o que pode acelerar significativamente a resolução dessas disputas, proporcionando maior estabilidade nas relações de trabalho. Com essas mudanças, o Ministério do Trabalho e Emprego reafirma seu compromisso com a modernização e a eficiência dos processos que regulam as atividades sindicais no Brasil, proporcionando um ambiente mais favorável ao diálogo e à representatividade sindical. Fonte: Portal Contábeis Foto: Agência Senado/Marcos Oliveira

Empresários paulistanos estão mais cautelosos

O Índice de Expansão do Comércio (IEC), apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), recuou 1,8% em julho. Diante do resultado, o indicador passou de 107,2 pontos, em junho, para 105,3 pontos, em julho. O índice varia entre 0 e 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absoluto na expansão dos negócios. Em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador registrou variação de -0,7%. O IEC é composto pelas variáveis Expectativas para Contratações de Funcionários (ECF) e pelo Nível de Investimentos das Empresas (NIE). O primeiro recuou 2,8%, passando de 119 pontos, em junho, para 115,6 pontos, em julho. Já o índice que apura a propensão dos empresários a fazer novos investimentos apontou queda de 0,6% — de 95,5 para 94,9 pontos. Na comparação interanual, o primeiro caiu 3,4% e o segundo avançou 2,8%. De acordo com a FecomercioSP, no sétimo mês do ano, a desaceleração inflacionária, o ciclo de redução da taxa de juros, o aquecimento do mercado de trabalho e o aumento da renda estimularam o consumo das famílias, beneficiando o Comércio. O contexto contribuiu para a expansão nas vendas, demandando contratação de novos funcionários. Nos meses de maio e junho, as datas comemorativas também favoreceram esse movimento. Por outro lado, os desafios do cenário macroeconômico e o cenário de endividamento e juros elevados que atingem as empresas levaram os empresários a adotar uma postura mais cautelosa quanto a novos investimentos. Segundo a FecomercioSP, o NIE tem flutuado entre 93 e 96 pontos, nos últimos meses. O patamar abaixo dos 100 pontos reflete um sentimento de pessimismo dos empresários para investir em capital físico, reformas, abertura de lojas, entre outros. Fonte: FecomercioSPFoto: Freepik

CNC, Sesc e Senac estão no ranking das melhores empresas para trabalhar

Pelo terceiro ano consecutivo, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) marcou presença no ranking das Melhores Empresas para Trabalhar no Rio de Janeiro, segundo a consultoria Great Place to Work (GPTW). Os departamentos nacionais do Sesc e do Senac também entraram no ranking das 50 melhores empresas, atestando o trabalho de valorização de pessoas do Sistema CNC-Sesc-Senac no País. Representada pela diretora-geral Executiva Simone Guimarães, pelo chefe do Gabinete da Presidência e gerente de Comunicação Elienai Câmara, pela diretora corporativa e gerente de RH, Fernanda Casanova, por gestores e colaboradores, a Confederação participou da cerimônia realizada no Rio de Janeiro, em 31 de julho, para a entrega da premiação da consultoria Great Place to Work (GPTW). “Este ano nossa satisfação veio multiplicada, pois, além de a Confederação seguir entre as melhores empresas, com uma colocação de destaque, o Senac Nacional subiu do 42º lugar para o 19º e o Sesc entrou pela primeira vez no ranking”, disse o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros. “Esse reconhecimento é o coroamento do trabalho que nossa gestão vem realizando, construindo um ambiente positivo e inspirador para as pessoas. Que possamos inspirar todo o Sistema Comércio e as empresas do comércio de bens, serviços e turismo nessa importante missão de cuidar do quadro de colaboradores”, completou Tadros. Conquista comemorada A CNC ficou na 11ª posição na categoria Empresas de Médio Porte. Além disso, tanto na cerimônia do ano passado quanto neste ano, a Confederação recebeu o prêmio de torcida mais animada da noite. O Sesc foi ranqueado pela primeira vez, ocupando a 50ª posição, e o Senac pela segunda vez, este ano na 19ª posição, também na categoria de Empresas de Médio Porte. Para a diretora-geral Executiva da CNC, Simone Guimarães, a conquista do Sistema CNC-Sesc-Senac representa o empenho dos colaboradores pelo bem coletivo da entidade e de todo o setor representado. “O dia de entrega da premiação este ano foi muito diferente dos anteriores, porque tivemos a oportunidade de estar juntos com o Senac e o Sesc”, disse Simone. “Comparecemos com nossos gestores e com os colaboradores que são promotores do clima, todos muito animados. Cada vez que anunciavam o nome de uma das entidades, todos nós gritávamos, foi contagiante, tanto que pelo segundo ano consecutivo nós ganhamos o prêmio de torcida mais animada”, comemorou. A diretora da CNC lembrou ainda que, em 2021, a Confederação havia ficado em 36º lugar, em 2022, em 19º e, no ano passado, conquistou a 9ª posição, ficando em 11º lugar em 2024. “Estar entre as melhores é motivo de comemoração. E faz toda a diferença na vida de cada um dos nossos quase 400 colaboradores. É você ter o prazer de sair de casa e ir para o seu trabalho, e se sentir útil. Vamos seguir trabalhando juntos, unidos, fazendo a diferença por onde a gente passar, tratando bem e cuidando uns dos outros, atentos a quem está ao lado”, afirmou Simone A certificação O selo do GPTW é um reconhecimento aos melhores ambientes de trabalho com base nas considerações dos próprios colaboradores das organizações, via pesquisa de clima anônima. A CNC e o Senac foram certificados com o selo GPTW pelo quarto ano consecutivo, enquanto o Sesc recebeu o selo pela quinta vez. Além do selo, o GPTW publica anualmente mais de 40 rankings, premiando as Melhores Empresas Para Trabalhar em âmbito nacional, regional, setorial (como TI e Saúde) e temático (Melhores Empresas Para Mulheres). Sobre o GPTW O Great Place To Work (GPTW) é uma consultoria que apoia organizações para que alcancem melhores resultados por meio de uma cultura de confiança, alto desempenho e inovação. A empresa está presente em mais de 100 países e realiza pesquisas de clima organizacional, apostando na confidencialidade das respostas para identificar áreas de melhoria e promover experiências positivas para os colaboradores. fotos: CNC

Manutenção da Selic: CNC acerta na projeção sobre decisão do Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, decidiu, na quarta-feira, 31, manter a taxa Selic estável em 10,5 pontos, medida esperada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade considera a manutenção prejudicial ao setor produtivo, uma vez que encarece os juros para essas atividades, mas reconhece que, por conta da deterioração do quadro inflacionário, a medida é importante para a estabilização do cenário macroeconômico. A opção pela manutenção da taxa se deve aos indicadores de atividade econômica doméstica, que mostraram um desempenho robusto, com a alta das vendas no varejo, baixa taxa de desemprego a níveis históricos e renda disponível elevada, apontando a solidez da atividade econômica e do mercado de trabalho. Por outro lado, o resultado da inflação de julho, acima do esperado, alerta para uma possível aceleração nos próximos meses. Além disso, apesar do avanço na arrecadação, o cenário fiscal continua gerando preocupações. A CNC espera que, a seguir, a autoridade monetária mantenha uma postura mais dura, inclusive em relação ao cumprimento das metas de inflação. Confira abaixo o vídeo do economista-chefe da Confederação, Felipe Tavares, comentando a manutenção da taxa Selic pelo Copom. Tocador de vídeo 00:00 Foto: Freepik

Inadimplência cai em São Paulo no segundo trimestre

O número de famílias inadimplentes, na capital paulista, caiu timidamente entre o primeiro e o segundo trimestres do ano, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). No período analisado, a taxa foi de 21,8% de lares nessa situação, na cidade — número que atingiu 22,1% nos primeiros três meses de 2023. Houve uma redução ainda mais sutil no volume daquelas que dizem estar sem condições de pagar as dívidas: de 9,6% para 9,4%. Segundo a Entidade, os dados mostram um cenário econômico marcado pelo aquecimento do mercado de trabalho, que aumenta a massa de renda familiar, assim como pela inflação em desaceleração e os juros mais baixos. Entra na explicação ainda os feirões de negociação de dívidas organizados pelas instituições bancárias e os efeitos permanentes do programa Desenrola Brasil, do governo federal. Não é à toa que, em comparação ao segundo trimestre do ano passado, a inadimplência também ressecou em 1,2 ponto porcentual (p.p.). Contudo, essa realidade não é a mesma dependendo da classe social dos paulistanos. Entre as famílias que ganham até dez salários mínimos, houve redução de 0,9 p.p. na taxa de inadimplentes, passando de 26% para 25,1%, entre os dois primeiros trimestres de 2024. Já nos lares com rendimentos mais elevados, a inadimplência subiu de 12,3% para 13,1%. Na contramão dessa tendência, porém, o número de lares endividados subiu 2,7 p.p., passando de 68,5%, no primeiro trimestre, para 71,2%, no segundo. A alta é reflexo, justamente, dos juros mais baixos, que fizeram com que muita gente voltasse ao consumo. Além disso, o cartão de crédito — motivo do endividamento de quase nove em cada dez paulistanos (87,4%) — é, historicamente, um meio de complemento à renda mensal. Vale lembrar que, em junho, o porcentual de lares com contas em atraso na capital era de 20,8%, menor nível desde janeiro de 2022, enquanto o endividamento seguia em alta (71,3%). Na análise trimestral, outros dois aspectos chamam a atenção: o primeiro é que o tempo de comprometimento das famílias com as dívidas aumentou em um ano. No segundo trimestre de 2023, as despesas permaneciam por, pelo menos, 7,3 meses, enquanto no mesmo periodo deste ano, esse número foi de 7,7 meses. Não é um indicador ruim, pelo contrário, demonstra que há mais disponibilidade dos lares de gerar dívidas de longo prazo, o que beneficia os setores de produtos duráveis. O segundo aspecto é o porcentual da renda comprometida, que também permanece alto (31%), mantendo o nível do primeiro trimestre e caindo muito pouco em relação ao mesmo período do ano passado (29,9%). Ainda assim, os números da PEIC sugerem uma conjuntura econômica positiva na cidade de São Paulo, em que a maior disponibilidade de empregos, ao aumentar a massa de salários, tem feito com que as famílias paguem as contas com mais equilíbrio. Os juros baixos e a inflação controlada ajudam a manter essa ordem. De acordo com a FecomercioSP, a tendência é que isso permaneça ao longo dos próximos trimestres. Foto: Freepik

Análise da CNC aponta crescimento de 225% do faturamento do e-commerce brasileiro entre 2019 e 2022

Apesar dos desafios enfrentados desde a crise sanitária de 2020, o comércio brasileiro tem mostrado sinais de recuperação, conforme avaliação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com base nos dados da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), divulgada, nesta quinta-feira (25 de julho), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa revelou que o número de unidades locais de revenda atingiu níveis de 2019, com 1,62 milhão de estabelecimentos em operação. Embora o comércio varejista e o setor automotivo ainda não tenham recuperado totalmente o número de postos de venda pré-pandemia, com reduções de 247 mil e 14 mil lojas, respectivamente, o crescimento do e-commerce e do atacarejo tem sido marcante. A quantidade de empresas com receitas exclusivamente on-line avançou 79,2% entre 2019 e 2022, refletindo uma mudança significativa no comportamento do consumidor. Nesse mesmo período, o faturamento nominal do e-commerce brasileiro cresceu 225%. “O comércio sofreu um impacto severo durante a pandemia, mas estamos vendo uma recuperação gradual, especialmente no setor atacadista”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros. “A abertura de novas empresas atacadistas, com um crescimento de 177% em relação a 2019, foi fundamental para esse restabelecimento”, acrescenta Tadros. A digitalização e a popularização do atacarejo, modalidade que combina atacado e varejo com preços diferenciados para compras em maior quantidade, resultaram em um aumento de 68% na receita operacional líquida do comércio atacadista entre 2019 e 2022. Pela primeira vez desde 2007, o atacado se tornou a modalidade predominante no comércio brasileiro. Na comparação com o período anterior à pandemia, 2022 também registrou uma recuperação significativa da empregabilidade no setor. O comércio encerrou o ano com 1,034 milhão de trabalhadores formalmente ocupados, maior patamar desde 2014. A remuneração média mensal no setor alcançou dois salários mínimos, indicando ganhos reais em relação à inflação, já que o salário médio mensal cresceu 246% em 15 anos contra um avanço de 148% da inflação no mesmo período. Desafios e perspectivas Apesar dos sinais positivos, o comércio brasileiro ainda enfrenta desafios. A crise econômica de 2015-16 e a pandemia resultaram em uma perda significativa de pontos de venda. Em 2020, havia 112 mil empresas a menos em operação, uma queda de 7% em relação ao ano anterior. Além disso, a desvalorização do real e a alta dos preços dos combustíveis podem impactar as expectativas de crescimento para o próximo ano. “A digitalização e o crescimento do atacarejo são tendências que vieram para ficar, mas precisamos estar atentos aos desafios macroeconômicos que podem afetar o setor”, analisa o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes. “Mesmo com as incertezas, a Confederação vê um potencial de avanço no volume de vendas no varejo, baseado nos recentes resultados positivos e nas tendências macroeconômicas favoráveis”, completa Bentes. A recuperação das vendas e o aumento da empregabilidade no setor são sinais encorajadores, mas o comércio brasileiro precisará continuar se adaptando às mudanças estruturais e aos desafios econômicos para manter o ritmo de crescimento observado em 2022. Fonte: Portal do Comércio Foto: Freepik